13 de agosto de 2015

SAGA 2015 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

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  SAGA 2015 - PARTE 10 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 Feliz na rota, infeliz na ignorância 
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Em sua estada em Brasília, o portal Biblioram esteve dentro do Congresso Nacional
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FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
No fundo, os grandes arcos da Ponte 
Jucelino Kubitschek, em Brasília/DF
A saga 2015 foi um evento tapa-buraco elaborado em cima da hora num tremendo improviso. Em virtude da instabilidade da economia brasileira causada por supostos ajustes implantados pelo governo brasileiro - seja isso verdade ou não - afetaram principalmente as cotações das moedas estrangeiras nesse início de ano. Ocasionalmente, os eventuais custos que envolvem as viagens internacionais rapidamente se elevaram, ficando bastante fora do planejamento do portal Biblioram, e consequentemente a realização de uma aguardada aventura em territórios estrangeiros foi bastante comprometida. Já que nossas pretensões iniciais foram por água abaixo, para não correr riscos desagradáveis diante desse descontrole econômico, nosso ilustre blog teve que apelar para um bendito plano "B", que nem sabíamos que era um plano até então, pois estava muito bem guardado para um futuro. Antecipamos um mero sonho, não tão ansioso, mas que serviu perfeitamente para momento atual divulgado pelos pessimistas como uma super crise. Conhecer a majestosa capital do nosso país, BRASÍLIA, era um desejo que aparecia e sumia, muitas vezes adiado, finalmente antecipado, e agora devidamente realizado e incluso nas páginas desse blog. Na importante sede de nosso governo há menções de Oscar Niemeyer e Jucelino Kubitschek por todos lados, uma parceria - vamos assim dizer - que contribuiu para o a rápida construção dessa interessante cidade. Quando eu era criança e cursava o ginásio num colégio público estadual da cidade de São José, Estado de Santa Catarina (SC), a educação aplicada nas escolas era bem mais qualificada. Os currículos escolares ofereciam disciplinas como a Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil (OSPB), e uma destas abordava com imensa maestria - tanto que guardo até hoje na memória -, a capital de nosso país em um de seus rígidos planos de ensino. Depois de quase três décadas que por sinal passaram voando, essa sede do governo brasileiro voltou a ser bastante falada, infelizmente de forma negativa, muitas vezes ironizada, como um suposto abrigo de uma classe tão questionada como a política. Seria Brasília, sustentada pelos muitos impostos pagos por todos os brasileiros? 
Praça Tiradentes, em Ouro Preto/MG
Grande parte desses tributos arrecadados, não sendo revertidos a sociedade, encheram o bolso dos executores da corrupção no último século? Questões até hoje não devidamente esclarecidas como deveriam a um povo, muitas vezes, influenciado por jornais televisivos e revistas caluniadoras. Indagações que põe em dúvida a ética e moral dos representantes traíras eleitos pelo voto da maioria da população. Respostas com diversas versões que provavelmente mexem com a concepção dos cidadãos de bem, pois o que acontecem está muito além da nossa imaginação. Por causa disso, tentei visitar a linda capital do Brasil com a mente aberta, sem levar em consideração todos esses antigos mistérios que mancham negativamente a imagem de uma nação. O que podemos levar em conta como aspecto inconveniente de Brasília é que, exceto os atraentes museus e memoriais, atualmente a cidade carece de cultura, e isso pode ser visto nas portas fechadas do Espaço Cultural Renato Russo e do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Independente do motivo do fechamento, sendo provisório ou não, torna-se injustificável uma capital do país com dois espaços importantes de eventos e divulgação de artes. Mas a saga não se resumiu exclusivamente até a sede do governo federal, pois seria um desperdício muito grande, uma bate-volta cansativo além da conta. Era preciso incluir algo mais para que essa aventura se completasse e se enriquecesse. Por isso acrescentamos outro ponto importante para realmente essa repentina 'saga' fizesse jus a esse termo. 
Uma das estátuas do ET,
numa praça de Varginha/MG
Criamos uma segunda extraordinária rota para o retorno, nada mais longa que a rota de ida, e que daria a feliz oportunidade de conhecer novos lugares. Aí que entrou, a antiga Vila Rica, histórica cidade de OURO PRETO, no Estado de Minas Gerais (MG), grande cenário de um dos momentos mais marcantes e cruéis da História do Brasil, a Inconfidência Mineira. Quando se tem numa grande saga dois pontos, vou assim definir, "cabeças de chave" como estes, durante os extensos caminhos que levam até eles, aparecem localidades magníficas, até alguns momentos sem a devida fama, e colocando em prova nossa ignorância e tremenda falta de reconhecimento a tais. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, no Estado de São Paulo (SP), onde pernoitamos por uma noite, me surpreendeu com a infinidade e competitividade da rede hoteleira que possui locais agradáveis com preços bem acessíveis. Em Brasília já foi outra realidade em virtude de suas hospedagens e restaurantes caríssimos. Não se pernoita na capital do país por menos de R$ 100,00 (cem reais) por pessoa, e nem é possível almoçar bem por menos de R$ 60,00 (sessenta reais) o casal. Considerando isso, posso afirmar que Brasília é uma das cidades mais caras do Brasil, e isso ainda pode ser visto nos postos de combustíveis que vendem o litro da gasolina ao preço mínimo de R$ 3,57 (três reais e cinquenta e sete centavos). Todavia, por outro lado é uma das capitais de países mais lindas do planeta, se não for a mais bela. O mais decepcionante foi a capital mineira BELO HORIZONTE (BH), que quando pisei lá, não via a hora de ir embora. Eita cidade abandonada pelas autoridades, contrariando em muito a campanha política do principal partido de oposição ao atual governo da Presidente da República Dilma Rousseff. Só quem mora em BH, pode nos dizer a verdade, e esse fato foi comprovado com o resultado da apuração das urnas na última eleição presidencial. O candidato Aécio Neves foi estuprado em votos dentro de seu próprio quintal, o estado mineiro. Na capital de minas, nem cochilei direito. E como conseguir dormir numa presente sensação de insegurança respirando o descaso? É como entrar num restaurante e recusar a refeição pois o arroz e frango estão crus. São poucos que comem um frango cru! Quem sabe os canibais famintos consigam, mas eu não consigo, e não tem jeito! Virei as costas e dei adeus, e o pior que paguei por isso! Me ferrei! Placar: BH 1 x 0 sobre Biblioram. Já na célebre Ouro Preto/MG, é outra realidade mais compreensível, e é possível relevar, pois trata-se de uma pacata cidade, confusa nos primeiros dias de permanência, em virtude de seu valoroso patrimônio histórico em meio a servidões de pedras. 
Praça Gomes Freire, no centro histórico de Mariana/MG
Porém, essa herança rica em memória não há como mudar, e nem deve, pois esse é seu carisma, e confesso que curti bastante estar nesse ambiente. Lógico, que não suportaria a pressão de estar presente e omisso numa época de acontecimentos tão bárbaros, e certamente eu seria um dos opositores enforcados que abraçaram a causa buscando uma vida melhor. Mas, mesmo assim, apesar de comovente, saber que pisei por algumas daquelas ruas onde pedaços do corpo de Tiradentes foram arrastados, é um registro que sempre cobicei. A cidade de MARIANA/MG não estava nos planos, nem ao menos no roteiro da saga, porém entrou de repente, de mansinho na manha da aranha, por causa de sua proximidade com a importante vizinha ouro-pretana. Ser ignorante as vezes decepciona a si mesmo, e foi assim que me senti por toda uma tarde, por não me lembrar da existência dessa interessante cidade. Foi tão bom visitá-la, como foi em Ouro Preto, pois ambas possuem muitas semelhanças em sua arquitetura e história. Nos dois dias seguintes, mais uma etapa a ser concluída em nosso objetivo. Era a vez da importante VARGINHA/MG, e honestamente, confesso aqui, eu atraído pela sua fama gerada pelo suposto aparecimento do ET, ocorrido anos atrás. Novamente me senti num poço de ignorância. Pois depois de ler e conhecer um pouco com os próprios olhos dessa, agora célebre, cidade, notei que é feito uma grande injustiça com esse lugar, pois trata-se de um dos maiores produtores de café do mundo. 
Uma das paredes de exposição do Museu Afro Brasil
localizado nas dependências do Parque Ibirapuera
Isso mesmo, do mundo! E aí pensei, como damos atenção - e sem hipocrisia, me incluo nisso - a notícias tão idiotas e sem importância como uma suposta aparição extraterrestre, em vez de considerarmos títulos importantes de reconhecimento mundial como leva Varginha. Por duas noites ficamos em SÃO PAULO capital (SP), e ela continua lá com seu trânsito revolto cada vez pior. É uma brincadeira maldosa de "se vira nos trinta" em relógio mais acelerado e com o carro em movimento. Isso faz qualquer um surtar como eu em alguns momentos de descontrole quando o aparelho do GPS recalculava a rota em direção ao imenso e famoso Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Museu Afro Brasil. E cabe aqui uma dúvida em forma de reclamação: como os viajantes de outros estados brasileiros, com o desconhecimento do sistema de rodízio de veículos, ficam sabendo que pode ou não transitar em determinados dias pelas intensas ruas e vias paulistanas? Será que só teremos conhecimento disso quando sermos multados pela fiscalização? Cheguei nessa cidade e não vi, em placas ou painéis de trânsito, informação e sinalização que mostrasse quais veículos poderiam circular ou não no dia. Se eu tivesse chegado no dia seguinte, teria cometido uma infração por estar desinformado, e correria um sério risco de ser autuado. Não estou aqui criticando o sistema, pois creio que sua implantação de rodízio de veículos é para amenizar os problemas de tráfego. O que reprovo é a ausência de informação, pois quem vem de outras regiões do país acaba por não cumprir essa regra, pois provavelmente desconhece o sistema. Concluindo todas essas considerações finais, a saga 2015 passou por fabulosas cidades, cada uma com sua importância de gênero econômico, cultural ou histórico. Como todas outras grandes aventuras anteriores já vividas pelo blog, algumas lições foram aprendidas, e a principal delas foi: é preciso estudar cada vez mais, adquirir conhecimento, por não se passar por grande ignorante. A maldita zona de conforto é uma droga. 
Mina da Passagem, em Mariana/MG
E a histórica Mariana e a reconhecida internacionalmente, Varginha, quase que escondidas em meu anonimato da ignorância e desinformação, me concederam a melhor das aulas. Mas por um lado mais animador podendo servir de motivação, é crendo que essas sensacionais viagens tem esse intuito de abrir a própria mente e ver com os próprios olhos, as vezes cegos, as localidades como elas são, ou como deveriam ser merecidamente conhecidas. Certos detalhes, os canais de televisão, revistas, livros e até mesmo essa plataforma tão acessada atualmente que é a internet, não conseguem transmitir com perfeição. Tudo é muito amplo, dinâmico e sofre transformações mínimas, invisíveis a todas mídias existentes, exceto ao olhar humano. Essa grandiosa saga foi um sinônimo de "aquisição de conhecimento". Prezados leitores, esperam que tenham gostado das narrativas que dominaram as páginas desse portal nos últimos meses. Até a próxima, eu espero. ....... FIM
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