12 de junho de 2015

SAGA 2015 - Indo para Brasilia

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  SAGA 2015 - PARTE 4 
 BRASÍLIA, SEGUNDO BIBLIORAM  
 Palácios, a memória de JK e o ar da corrupção   
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O Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida
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FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
Palácio Itamaraty
Saindo do magnífico e tão questionado Congresso Nacional, fomos conhecer outros pontos importantes que contornam a imensa extensão do Eixo Monumental, principal avenida da majestosa BRASÍLIA, cidade sede do Governo Federal do Brasil. Então, começamos nossa morosa caminhada matutina ao lado sul  da Esplanada dos Ministérios que do alto parece um conjunto de pequenos dominós empilhados. Ao circundar o Congresso, o primeiro ponto que deu bandeira foi o belo Palácio dos Arcos, ou tradicionalmente chamado de Palácio Itamaraty, o mesmo que foi muito apedrejado por centenas de manifestantes mau-educados num dos inúmeros protestos contra o atual governo ocorridos no inesquecível mês de junho de 2013. Tais manifestações populares unidas a poderosos grupos partidários opositores ao atual governo - que vem desagradando muita gente -, em algumas ocasiões demonstraram triste violência e uma lamentável ação de destruição do patrimônio público brasileiro. Eventos dessa magnitude que também aconteceram em todas as demais regiões brasileiras, e entraram para história como os maiores protestos de todos os tempos em nosso país. Como o Congresso Nacional, Palácio da Justiça, Palácio Alvorada, Palácio do Planalto, o elegante Itamaraty também possui um amplo espelho d´água ao seu redor com diversas espécies de plantas, entre elas, a vitória régia que pude identificar já de cara. Passando por alguns dos grandes ministérios, mas adiante fomos até a sublime Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, com seu vasto salão de realização de cerimônias, que fica num espaçoso piso inferior ao da entrada, proporcionado uma visão circular ainda maior em relação ao que é visto por fora. Um detalhe percebido quase nesse acesso, um folgado pombo descansando tranquilamente sobre a cabeça de uma das grandes estátuas localizadas nos arredores (ver imagem abaixo, ao lado direito). Próximo dali, já estávamos na expressiva Biblioteca Nacional da cidade, a segunda do país, conhecida também como Biblioteca Leonel de Moura Brizola. 
O pombo sobre a estátua, localizada em frente a
Catedral Metropolitana
Em frente, um curioso Museu Nacional que representa externamente uma enorme Iglu - casa de esquimó - que leva o nome de Honestino GuimarãesDe acordo com Daniel Farias, Honestino "foi um exemplo de persistência, de amor ao Brasil e de amor à liberdade. A ditadura queria matar o exemplo, mas ainda hoje o nome de Honestino é símbolo de luta e resistência – não uma mensagem de morte e derrota, mas de vida e coragem. Não pensemos em Honestino como quem pensa em um mártir ou herói. Pensemos em um estudante apaixonado, movido por causas que ainda nos comovem: justiça social, paz e liberdade. Honestino, vivo por seu exemplo de amor à vida, é a prova de que estas palavras não são vazias. Se hoje a moda é a descrença, o imediatismo, (…) a vida grita mais alto, a utopia grita mais alto. Por isso Honestino assombra, inquieta – e convida" (Ref. 5). Atravessamos todo Eixo Monumental, continuando nossa caminhada buscando o lado norte da larga Esplanada. Avistamos um imóvel interessante com amplas paredes inclinadas, e como não olhávamos para nosso pouco utilizado mapa turístico, descobrimos quando lá chegamos que se trata do Teatro Nacional Cláudio Santoro (ver na imagem acimam atrás das estátua). Com suas grandes paredes, quase que totalmente deitadas, onde é possível se apoiar sobre elas e nos muitos quadrados e retângulos em alto relevo que as compõem (conforme imagem abaixo). Não conseguimos as informações que esperávamos sobre o funcionamento desse espaço de eventos, mas pela considerável quantidade de lixo acumulada, como garrafas plásticas, revistas, páginas de jornais trazidas supostamente pelos ventos até suas portas de acesso, deduzimos que o interessante lugar não oferecia programação há algum tempo. Podeira estar em reforma? Segundo minha intuição negativa, e geralmente ela é assim, que mais tarde se comprovou, o local de eventos estava, até aquele momento, em completo desamparo. Lamentável! No próprio site do Governo de Brasília, responsável pela divulgação dessa importante instituição, não há calendário de espetáculos no local desde setembro de 2013. 
As paredes do Teatro Nacional Cláudio Santoro
Confesso que duas coisas que mais me deixa chateado e angustiado é ver a inatividade de uma biblioteca ou teatro, ambas essenciais instituições de inclusão social e cultural, ou seja, primordiais para a formação do cidadão. Dali, pelo mesmo lado norte da Esplanada, retornamos em direção ao nosso ponto inicial, o Palácio da Justiça, onde ficou estacionado nosso veículo. Foi um grande pedaço andando a passos lentos, mas nesse início da manhã não estava nada calor. E tranquilamente passamos por todos os prédios destinados aos ministérios e secretarias, e assim conhecendo a existência de cada um deles. E foi bom para termos uma pequena noção da quantidade de órgãos dessa natureza que já foram criados pelos nossos governos. Já no carro, fomos em direção há alguns pontos mais distantes, como o monumental Estádio Nacional Mané Garrincha, (ver imagem abaixo) nesse dia fechado para um evento musical sertanejo que aconteceria ao seu redor durante toda a tarde e adentrando a noite. Esse imenso estádio, considerado por parte da opinião pública brasileira, como mais um dos diversos elefantes brancos que foram reformados ou construídos especialmente para a extraordinária Copa do Mundo realizada no Brasil, na metade do ano de 2014. Fora a humilhante e inexplicável derrota de 7x1 sofrida pela nossa seleçãozinha mercenária, convocada por patrocinadores e metida a fazer selfie e propaganda, muito se foi comentado a respeito desse gigantesco evento em terras tupiniquins. Diversas polêmicas surgiram sobre a real necessidade de gastos tão altíssimos em relação a esse espetacular evento esportivo. Deixando isso de lado, bem pertinho dali, entramos em dois belos memoriais merecedores de visitação: Povos indígenas e um dedicado a Jucelino Kubitschek (JK), antigo presidente da República e fundador da representativa capital. A primeira interessante instituição possui uma rica exposição de belas imagens da cultura indígena, e muito se aprende nesse valoroso ambiente com seu interessante acervo, começando pelo respeito aos primeiros habitantes do nosso país. O segundo memorial predomina a elegância, e é um dos locais que mais atraem visitantes na cidade.
Estádio Nacional Mané Garrincha
Nele se destacam os bonitos trajes que foram usados pelo ex-presidente e sua esposa Sarah Kubitschek, imagens históricas que marcam a fase embrionária da construção de Brasília, além de conter duas pequenas bibliotecas, uma para pequisa e outra, uma réplica contendo todos os acervos pessoais da unidade de informação íntima do respeitado político. O que não consta no memorial, o que era de se esperar, são algumas memórias negativas em relação a admirada carreira de Jucelino. Na época ele "foi eleito com a menor votação de todos os presidentes eleitos de 1945 a 1960. [...] também foi acusado diversas vezes de corrupção. As denúncias se multiplicaram por conta da construção de Brasília: havia sérios indícios de superfaturamento das obras e favorecimento a empreiteiros ligados ao grupo político de Juscelino. Outro caso rumoroso foi o da empresa aérea Panair do Brasil, pertencente a amigos de JK, que foi acusada de possuir um monopólio do transporte de pessoas e materiais enviados para a construção de Brasília. Durante a construção de Brasília, como a BR-050 ainda não estava pronta, grande parte dos materiais e equipamentos utilizados na obra eram transportados por aviões."(Ref. 3), O organizado memorial (ver imagem abaixo) ainda guarda os restos mortais de JK numa sala muito escura, quase imune a fotografias. Saindo dali, nossa procura pelo o tão falado Espaço Cultural Renato Russo foi completamente em vão, pois estava com as portas trancadas, até que por um bom motivo, e assim espero: obras de manutenção. 
Memorial Jucelino Kubitschek
Acabamos por estacionar nessas proximidades, numa rua em formato de grande galeria, dominada por um fervoroso comércio de elétricos e eletrônicos, e materiais do gênero. Ali perto, também há outro local nos mesmos parâmetros que abriga o comércio de artigos esportivos, e lojas oficiais de alguns famosos clubes de futebol paulistas e cariocas também marcam forte presença. Almoçamos, há algumas quadras próximas, desembolsamos uma nota pela refeição, mas valeu a pena. Depois, novamente com o veículo, nos dirigimos até a grande sede da Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) de Brasília, onde fomos muito bem recebidos por membros de plantão. Logo, visitamos o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. Essa ex-primeira dama tinha "forte temperamento, era enérgica, determinada e bem-educada. Seu marido chegou a dizer que 'às vezes tinha a impressão de que se casara com um tigre'. Contudo, era conservadora e não gostava de política. [...] depois de ficar viúva, passou a viver da pensão de JK. Residia em um apartamento alugado na Capital, quando morreu aos 87 anos de idade, de parada cardiorrespiratória" (Ref. 4). O parque mencionado que hoje leva seu nome foi "fundado em 1978, sendo o maior parque urbano do mundo, com 420 hectares, sendo maior que até o próprio Central Park em New York que possui somente 320 hectares. [...] abriga diversos tipos de entretenimento para o seu público, como quadras de Vôlei, Futebol, Basquete, pista de cooper para corrida e caminhadas, parque de diversões, quiosques, grandes estacionamentos, lago além de um pavilhão coberto para feiras e exposições". (Ref. 2). Depois desse dia inteiro conhecendo esses principais pontos e refletindo sobre os gastos inimagináveis utilizados na faraônica construção dessa cidade, eu me perguntei: Se hoje, em qualquer pequena obra realizada pelos governos são constatados irregularidades e suspeitas de desvios de verbas públicas, imaginem como foi a construção de Brasília, numa época quase omissa de oposição partidária e investigações. Muita gente poderia ter levado vantagem, não acham? 
Parque da Cidade Sarah Kubitschek
Após essa minha reflexão particular, restou voltar até o confortável Brasília Palace Hotel, onde numa área gramada e arejada ao livre e sob os galhos de uma enorme árvore, acontecia um emocionante cerimônia de casamento, onde os pacientes noivos estavam mais de uma hora e meia atrasados, provocando a ansiedade até dos seguranças contratados. Presenciamos tudo de camarote, da sacada de nossos quartos. Esse foi o último pernoite na cidade antes de rumarmos ansiosos para mais de 800 quilômetros, durante todo o dia seguinte, até o importante estado de Minas Gerais (MG). Nosso objetivo principal, encontrar a antiga Vila Rica, cidade histórica de Ouro Preto/MG.
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REFERÊNCIAS:
1) Governo de Brasília. Disponível em: http://www.cultura.df.gov.br/agenda-cultural/teatro.html. Acesso em; 18 mai. 2015.
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2) Sou Brasília. Disponível em: http://www.soubrasilia.com/brasilia/parque-da-cidade-sarah-kubitschek/. Acesso em: 21 mai. 2015.
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3) Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Juscelino_Kubitschek. Acesso em 23 mai. 2015.
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4) Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarah_Kubitschek. Acesso em 23 mai. 2015.
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5) Honestino Guimarães. Disponível em: http://honestinoguimaraes.com.br/. Acesso em 23 mai. 2015.
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  SAGA 2015 - PARTE 3 
  BRASÍLIA, SEGUNDO BIBLIORAM  
 Por dentro do Congresso Nacional   
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O Congresso Nacional, local de trabalho dos mais importantes políticos do nosso país, eleitos democraticamente pela maioria dos eleitores brasileiros
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
Dentro do Congresso, no plenário do Senado Federal
A majestosa capital do Brasil, BRASÍLIA, possui três extensas avenidas principais, Eixo monumental e os Eixos Sul e Norte. Todavia, o que torna complicado encontrar algum lugar nessa interessante cidade é que não há ruas para identificação, com exceção dessas mencionadas anteriormente. Não existem ruas, e sim, quadras, e para um entendedor, por mais leigo que seja, sabe que uma simples quadra possui quatro lados. Se numa dessas quadra comporta de seis a dez casas ou lotes de terrenos, aí já dá para sentir a enorme confusão até o momento que começamos a se familiarizar com essa estrutura. E demorou para isso! Com todos essas complicadas características de uma das cidades mais novas no Brasil, para nos adaptarmos, logo no dia seguinte demos início aos nossos primeiros passos. Temperatura agradável, céu nublado, e como era sábado, deixamos o veículo no espaçoso estacionamento do importante Palácio da Justiça, para visitarmos os principais pontos que contornam o longo do Eixo Monumental, onde estão situadas todas aquelas enormes peças de dominós, a Esplanada dos Ministérios. A primeira aguardada visita foi no Congresso Nacional, o local de trabalho (há controvérsias??) dos deputados e senadores, os  caras que mas fizeram e continuam fazendo violentas 'cagadas' em nosso país. Muitos amigos e colegas quando souberam que eu visitaria esse significativo órgão constitucional, me deram muitos maus conselhos, entre eles, até me financiariam para plantar uma bomba nesse questionado lugar. Logicamente, essa é uma da milhares de piadas ouvidas por mim quando divulguei que estaria na cativante capital do país. Brincadeira como essa que demonstram unanimemente toda a enorme insatisfação do povo brasileiro com os muitos dos representantes políticos acusados de corrupção, e que foram eleitos democraticamente pela maioria dos eleitores. Uma coisa é certa, impossível entrar nesse controvertido local com qualquer mísero objeto que possa comprometer a segurança interna. 
No túnel do tempo, o busto da Princesa Isabel,
primeira senadora do Brasil
Mesmo sendo em horário exclusivamente dedicado a uma mera visitação, todos que queiram adentrar nas luxuosas dependências dessa grande casa são minuciosamente revistados já na rampa de acesso. Não passa nada pelos detectores de metais das portas de acesso, nem mesmo uma pequena moeda no bolso, pulseiras, colares ou uma simples fivela no cinto. Entrei de uma maneira nada exemplar, de 'bicão', mas sem intenção, juntamente com a descontraída visitação de um grupo de jovens estudantes de alguma universidade de jornalismo do país. Durante mais de uma hora e meia conheci os espaços internos e um pouco do funcionamento do órgão constitucional mais importante do Brasil. A estrutura do Congresso é dividida em duas altas torres centrais, e em cada lado delas - e em virtude da minha ignorância em figuras geométrica, vou assim chamar - há uma meia-lua: a do lado esquerdo que lembra uma Iglu (casa de esquimó, considerando a primeira grande imagem central dessa matéria) é destinada ao Senado Federal, que abriga figurinhas manjadas como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello e muitos outros de aparente carreira vitalícia, assim dizendo, acusados de corrupção da pesada. O Senado tem a principal das diversas atribuições "processar e julgar o Presidente da República" (Ref. 2); a meia-lua do lado direito é destinado a Câmara dos Deputados Federais que "constitui importantíssimo instrumento no processo de elaboração das leis do País. [...] tem como competências privativas a autorização para instauração de processo contra o Presidente" (Ref. 1). Há dois acessos internos entre essas grandes torres, uma passarela aparente quase na metade dos dois prédios, unindo-os formando um 'H', e uma espécie de túnel, que só pode ser notado nas dependências internas. 
As mesas dos plenários que acomodam os parlamentares
Esse segundo citado acesso, chamado de 'Túnel do Tempo', com pouca iluminação, também serve como uma espécie de memorial que contem bustos de alguns políticos brasileiros que marcaram a história, entre eles, a primeira senadora do Brasil, a Princesa Isabel (ver terceira imagem dessa postagem), Luis Carlos Prestes e Getúlio Vargas. Quanto as famosas salas de plenários, também são duas, uma para cada grupo de políticos, onde ocorrem as discussões, debates e aprovação de leis. Em cada mesa e poltrona confortáveis (ver imagem acima) que acomodam cada parlamentar, há um espécie de ponto eletrônico de controle de presença que na teoria é bastante rigoroso, onde esse político, é obrigado a apresentar sua impressão digital e digitar uma senha pessoal, para que seja automaticamente computada sua assiduidade. Não sei se na prática isso funciona, mas a ideia é muito interessante. Além disso, o deputado ou senador, também podem digitar seu voto favorável ou não a uma questão em debate. E ainda, há uma tomada de energia elétrica disponível, e nela, acredito ser possível até ligar uma cafeteira.  
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REFERÊNCIAS:
1) Câmara dos Deputados. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/como-funciona. Acesso em: 21 mai. 2015.
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2) Senado Federal. disponível em: http://www.senado.gov.br/senado/atribuicoes.asp . Acesso em 21 mai. 2015.
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  SAGA 2015PARTE 2: 
 BRASÍLIA, SEGUNDO BIBLIORAM  
 O Brasília Palace e a Rural Willys de JK 
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A Rural Willys, último carro utilizado por Jucelino Kubitschek em sua última visita a Brasília, quando já não era mais presidente da República.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
No extenso gramado do Brasília Palace Hotel,
O primeiro Hotel de Brasília
Então, depois de dois cansativos dias viajando, e mais de 25 horas trafegando pelas estradas brasileiras, finalmente ao anoitecer, chegávamos ao Distrito Federal onde está localizada a nossa querida e importante capital do país. BRASÍLIA pode ter sido uma cidade planejada, pelo menos sua gigantesca construção foi idealizada para isso, porém, acredito que algumas ideias deixaram de ser mantidas. A falta de placas de sinalização é o que mais atrapalhou nossa equipe, confusa nessas primeiras horas transitando pelas ruas e avenidas. Por diversas oportunidades, contornamos erradamente por baixo de elevados. Apanhamos muito no, para nós, desconhecido trânsito em virtude do vários viadutos que a carismática capital possui, e na falta de indicação da principal avenida da cidade, o Eixo Monumental. Pensando na procura de estadia, paramos nas proximidades do memorável oratório do soldado do exército brasileiro. Ali, já sendo noite, após consultarmos a internet em nossos telefones celulares, telefonamos por quase uma hora para muitos dos hotéis brasilienses e ficamos surpresos demais com os altos valores das hospedagens. O que inicialmente entendemos naquele momento é que essa encantadora cidade não sustenta, e nem tem interesse, numa rede hoteleira popular acessível com baixos custos. Com essas características adversas aos nossos planos, predomina em Brasília a presença de estadias mais luxuosas ofertando mais opções privadas aos clientes que acarretam em gastos mais elevados. Pelo incrível que pareça, a abençoada hospedaria que ofereceu as diárias mais próximas de nossas possibilidades financeiras foi o hotel mais antigo e famoso do Distrito Federal, o histórico BRASÍLIA PALACE, o primeiro hotel dessa capital do Brasil. E é nesse lugar, sem dúvida receptível e aconchegante, que dedicamos grande parte dessa ilustre matéria, pois vale a pena falar um pouquinho dele. Mesmo não sabendo da memória dessa prestigiosa estadia, decidimos por machucar nossos bolsos, e nesse lugar permanecemos, pelas duas próximas maravilhosas noites. "O Brasília Palace foi projetado por Oscar Niemeyer e fundado em 1958 pelo Presidente Juscelino Kubitschek (JK), fundador de Brasília, [...] tem uma bela história de glamour e estilo que marcou a vida de Brasília nos anos 50 e 60" (REF. 1). Segundo o portfólio Tribuna do Palace (REF. 2), do próprio hotel, nos primeiros vinte anos após a fundação, o glamoroso Brasilia palace já serviu até de embaixada do Estados Unidos da América (EUA) e recebeu hóspedes ilustres como o príncipe Mikasa do Japão, príncipe Bernhard da Holanda, e até o próprio cubano revolucionário Che Guevara
Palácio Alvorada, a bela residência oficial da
Presidente da República
Sem melhor opção que não se afastasse tanto do nosso planejamento financeiro, e até que se aproximasse mais dos principais pontos a serem visitados nos dias posteriores, demos entrada nessa excelente hospedaria. Mas é assim mesmo, soltamos foguetes aos céus e demos gargalhadas quando economizamos uma boa grana em São José do Rio Preto/SP e agora pagaríamos quase toda a diferença em Brasília. Considerando um outro lado mais positivo, e nisso nos apegamos para não ficarmos paranoicos em relação ao dinheiro gasto, estávamos localizados as margens do artificial Lago Paranoá, e não muito longe da monumental Ponte Jucelino Kubitschek, e ainda a apenas quinhentos metros do cativante Palácio Alvorada (ver imagem ao lado direito), residência oficial da Presidenta da República, Dilma Rousseff. Estávamos tão perto do belo Alvorada que no final de tarde do dia seguinte fomos caminhando sossegadamente até ele, e lá encontramos outros turistas catarinenses, alguns vestindo a camisa do Figueirense Futebol Clube - clube de futebol do Estado de Santa Catarina (SC) - e todos residentes no município de Palhoça/SC. Na primeira noite dormente no Brasília Palace, após deixarmos o carro em seu amplo estacionamento a céu aberto, antes de ingressarmos na luxuosa recepção, estava em demonstração uma espécie de um Jeep, bem preservado, com detalhes na cor verde, que só dei uma merecida atenção quando já estava recolhido ao quarto no terceiro piso. No dia seguinte, após algumas breves pesquisas, descobrimos que o veículo é de fato uma Rural WIllys, utilizada por Jucelino Kubitschek em sua última discreta visita a essa cidade. Nessa época, o respeitado político mineiro já não era mais o Presidente da República. 
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REFERÊNCIAS:
1 - Brasília Palace. Disponível em: https://www.brasiliapalace.com.br/. Acesso em 15 mai. 2015
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2 - Brasília Palace Hotel : Tribuna do Palace. ano 1. n. 1. 4 p. edições em papel reciclado disponibilizadas na própria recepção desse hotel e anexada ao veículo Rural Willys em exposição. 
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   SAGA 2015 - PARTE 1    
 A caminho da capital do país 
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Pelas estradas brasileiras, Biblioram percorreu mais de 1.720 quilômetros até o sede do Governo Federal em Brasília. No geral, somando as rotas de ida e volta, totalizaram 4.320 quilômetros percorridos.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
Com a alta nas cotações das moedas estrangeiras, principalmente o Dólar e o Euro que afetou diretamente os custos das viagens internacionais, o ano de 2015 deixou o blog Biblioram órfão de uma investida em territórios gringos. Em virtude desse imprevisto inoportuno que gerou desconfiança e indecisão na economia nacional nesse início de ano, o ilustre portal teve que apelar para um bendito plano 'B', ou seja, antecipar uma aventura que estava planejada para anos seguintes. Tal mudança repentina de planejamento, acarretaria certamente numa considerável redução de custos atendendo nossas atuais possibilidades financeiras. De qualquer forma, estava mais que na hora de investirmos numa grande saga nacional, e nada melhor do que aproveitar esse momento crítico da economia brasileira. A princípio essa nova viagem não se tornaria uma saga como outras anteriores, e inicialmente seria simplesmente intitulada como "Brasília, segundo Biblioram", pois se abreviaria apenas em conhecer a majestosa sede do governo brasileiro no Distrito Federal, a querida cidade de BRASÍLIA, capital do Brasil há mais de 55 anos. Porém, analisando de forma mais fria, concluímos que seria um enorme desperdício em percorrer demorados 1.720 quilômetros, passar por dezenas de cidades brasileiras e isso tudo apenas para conhecer uma, independente de sua maior ou menor importância. Por isso, mantivemos o destino principal da extensa rota de ida, analisamos a geografia das regiões sudeste e centro-oeste do nosso país e descobrimos que poderíamos retornar por um caminho diferente, mantendo quase a mesma distância do longo percurso de ida, o que nos presentearia conhecer novas culturas de outras interessantes cidades de nosso país. Baseado nisso, conseguimos acrescentar mais um grande itinerário, que no final da saga totalizariam aproximadamente 4.320 quilômetros percorridos. As rotas, conforme imagem abaixo, ficaram definidas da seguinte maneira: 1ª) Pré-Brasília: saindo de nossa origem, SÃO JOSÉ no Estado de Santa Catarina (SC), passando por CURITIBA no Estado do Paraná (PR) com direção a PONTA GROSSA/PR, MARÍLIA no Estado de São Paulo (SP), SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP, GOIÂNIA no Estado de Goiás (GO) até o objetivo principal que é a capital do Brasil. 2ª) Pró-Brasília: deixando o Distrito Federal por um caminho oposto do qual chegamos, tendo como roteiro a passagem por PARACATU, BELO HORIZONTE até os novos objetivos: OURO PRETO, MARIANA e VARGINHA, todas cidades do Estado de Minas Gerais (MG), e ainda uma breve permanência na metrópole mais populosa do Hemisfério Sul (Fonte 1), a procurada SÃO PAULO capital (SP), terminando ao ponto de origem da primeira rota, São José/SC. 
Considerando as longas rotas acima, além de Brasília, tínhamos agora outro ponto encantador que engrandeceria nossa aventura que já poderia ser aclamada como saga: Ouro Preto, a antiga Vila Rica, famoso cenário que guarda as profundas recordações de um marcante acontecimento da história de nosso país, a Inconfidência Mineira. Todos os detalhes dessa grandiosa aventura será contada a partir das próximas frases e nas matérias seguintes que, garanto-lhes, não serão poucas. Posso adiantar-lhes que já tenho pelo menos oito significativas postagens em esmiuçado processo de edição. Não deixem de acompanhar o Biblioram nas próximas semanas. Depois dessa breve introdução para melhor entendimento da magnitude dessa, agora sim, SAGA 2015, após bastante ansiedade, dou início a aguardada narrativa. O esperado e primeiro dia de viagem duraram longas quatorze horas, mas nem por isso houve descontentamentos, enjoamento, ou alguma paranoia urticária contaminando o início de um arrependimento. É fato que passamos alguns maus bocados em trechos precários de rodovias paranaenses não duplicadas ou de péssimo estado asfáltico. Tanto que fomos forçados a alterar toda nossa rotina diária se referindo a horários de descanso e alimentação para que pudéssemos ganhar cada minuto a mais nas estradas. Ou seja, tínhamos que cumprir uma árdua meta de distância percorrida. Como sempre, curiosidades foram notadas: Num posto de combustível em ARAPOTI/PR, onde paramos para tomar um café já vencido e muito adoçado, nos deparamos com uma fachada bastante extravagante, uma grande estátua do Incrível Hulk, herói dos quadrinhos da Marvel Comics; Também passamos por um chamativo monumento de uma guitarra gigante com detalhe vermelho (ver segunda imagem dessa matéria, acima ao lado esquerdo) em frente de um espaçoso centro de eventos de uma cidade do estado do Paraná que não recordo o nome. Depois, finalmente, atravessamos a divisa com o importante estado paulista, e um pesadelo começou no cativante município de Marília/SP onde por alguns longos quilômetros da Rodovia Federal BR-153, a conhecida Transbrasiliana, demonstraram péssima qualidade do asfalto mesclada a precária sinalização de trânsito e a poeira irritante das obras de manutenção. Já anoitecera, e por quase meia-hora de dúvida, fiquei preocupado de estar fora da rota, por causa da ausência de placas de indicação. 
Todavia, a condição dessa estrada apresentou melhorias, como se a água se transformasse em vinho. Num piscar de olhos, já trafegávamos pela cidade de José Bonifácio/SP, onde jantamos alguns hambúrgueres caseiros com pão francês, cardápio de um restaurante anexado a um outro posto de combustível. No município vizinho, enfim chegávamos em nosso primeiro e aguardado pernoite, a cidade de São José do Rio Preto/SPEssa última citada cidade, que conheceríamos de passagem nesse maçante dia, possui uma diversidade e concorrência muito disputada entre as redes hoteleiras. São inúmeros os hotéis e motéis com preços bem atrativos e com boas localizações, tanto que não precisamos nem largar a mão do auxílio da Transbrasiliana. Foi só guiar o carro no acostamento e entrar numa avenida marginal. Pronto! Já estávamos praticamente dentro do estacionamento da disponível estadia, bem na porta da recepção. Com isso, quem saiu ganhando foi nossa corajosa equipe que não perdeu tempo buscando outros lugares para passar essa noite sujeita a muito descanso e reflexão. Sem falar que ainda economizamos uma boa grana, e mesmo não sabendo o que nos reservava nos dias seguintes, essa economia compensaria, principalmente quando já estivéssemos em Brasília, onde teríamos muitas surpresas inconvenientes em se tratando de gastos. Nesse primeiro longo dia, acumulamos 995 quilômetros percorridos pelas rodovias de nosso país. Já na manhã seguinte, a partir das sete horas, já colocávamos o veículo para rodar no asfalto, escutando algumas rádios de notícias locais, para percorrermos mais extenuantes 720 quilômetros até o Distrito Federal. O que se viu durante a segunda parte dessa rota inicial é que o Governo Federal, tão questionado e por vezes suspeito, vem investindo pesado no melhoramento das estradas. Demorou para isso acontecer? No entanto, é preciso falar a verdade, pois pude testemunhar diversas obras significativas para novos acessos, elevações de novas pontes e elevados, e ainda edificações de dezenas de praças de pedágios. Logicamente, mesmo prevendo futuras otimizações nas principais rodovias brasileiras, essa ultima mencionada, vai extorquir uma bom dinheiro de quem trafegará por esses lugares. Quando passamos pela respeitada capital de Goiás, Goiânia, e mal paramos, da própria via é possível ver o famoso Estádio Serra Dourada. Então, somando exaustivas vinte e cinco horas no volante, depois de dois cansativos dias viajando, sendo o segundo mais tedioso, mesmo com um quilometragem percorrida inferior ao dia anterior e com uma crescente ansiedade quase beirando ao incontrolável, finalmente, um princípio de pôr do sol maravilhoso nos abraçaria contra o para-brisa. (conforme imagem abaixo). Estávamos passando pela cidade de SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO/GO, poucos quilômetros a capital do país.
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REFERÊNCIAS
1) Wikipédia. São Paulo (cidade). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28cidade%29. Acesso em 18 mai. 2015.
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