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BIBLIORAM EM BUENOS AIRES
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Ramadan Pereira Espindola, fundador do Biblioram, nas
dependências do La Bombonera, Estádio do Boca Junior, em Buenos Aires.
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Todas as fotos são de autoria de Kheila Amorim e Ramadan Pereira Espindola.
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Por Ramadan Pereira Espindola (Julho/2010).
Biblioram agora é internacional. Visitei Buenos Aires, Capital Federal da Argentina. Saliento que as informações seguintes foram bem resumidas, e nos próximos dias serão postadas matérias mais detalhadas sobre minha passagem na cidade Argentina. Aguardem! Então, vamos ao que interessa. Pisei no solo desse país por volta das 14 horas do dia 12 de julho. Uma das primeiras dificuldades encontradas na terra de Dom Diego Maradona, foi a recepção no Aeroporto Internacional de Ezeiza que pode ser comparada ao clima da cidade nessa época do ano. Muito fria! Para falar a verdade não se pode comentar a recepção, pois ela praticamente não existe. Ao contrário dos aeroportos do Brasil, onde sempre há um funcionário se disponibilizando para orientar os turistas. Nesse requisito, nós brasileiros somos tão bons que ainda aprendemos a língua deles, e eles não fazem nenhum esforço para aprender a nossa.
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Do clima tem que se falar. É muito frio! Enfrentei temperaturas entre 6 a 0 graus Celsius. Outra cansativa tarefa de gincana foi trocar os dólares e reais por pesos, moeda argentina. Filas extensas nos bancos de cambio do aeroporto e muito mau humor por parte dos bancários que se recusaram a trocar uma nota de 100 por duas de 50 pesos.
. No trajeto até o hotel, percebe-se que em qualquer lugar no mundo, e na Argentina não é diferente, muita desigualdade social. Mendigos nas ruas, prédios velhos e mal preservados, quase que caindo aos pedaços. Porém, mesmo após duas semanas da seleção daquele país sofrer a eliminação da Copa do Mundo de Futebol, persiste uma presença patriota por parte dos hermanos. Muitas bandeiras esticadas nas janelas dos apartamentos e das casas refletem esse sentimento.. Na área central, o patriotismo continua o mesmo. Vitrines com a bandeira do país e decorações nas cores azul e branco. As lojas esportivas respiram o espírito da seleção argentina. Mas a cidade muda em outro sentido. Prédios mais preservados, taxistas por todos os lados, e um grande fluxo de consumidores, principalmente no calçadão da Rua Florida, onde predomina o movimentado comércio e o luxuoso Shopping Center Pacífico. Nota-se que a rivalidade entre os países sul americanos, especificamente Brasil e Argentina, está somente no esporte, principalmente no futebol. Os pedestres e condutores de veículos são bem hospitaleiros. Porém, os comerciantes e comerciários fazem apenas o básico em atendimento. Muitos acham que estão fazendo um favor e não olham para o cliente, principalmente se for brasileiro. Senti essa rejeição na pele. Por isso defino o povo argentino em duas classes: pessoas e comerciantes.. Eles oferecem de tudo nas ruas. Bijoterias, óculos, tocas, luvas, isqueiros, e um monte de cacalhada. O mais marcante nas Ruas do Centro, principalmente na Rua Florida, é a oferta de shows de tango e lojas do Mcdonalds. Em menos de 500 metros existem 3 franquias dessa multinacional. Uma coisa que me deixou chateado, eu que sou estudante de Biblioteconomia, foi encontrar a Biblioteca pública fechada sem saber os motivos. . No dia 13, visitei a Praça de Maio, acampamento das famílias dos combatentes da Guerra das Malvinas que reivindicam melhores pensões. A praça serve de quintal para mendigos, a Casa Rosada e seu museu em reformas, e ainda para bela Catedral Metropolitana onde está o mausoléu de San Martin. Depois fomos até o popular bairro o Boca, onde está localizado o time de futebol mais tradicional de Buenos Aires, o Boca Juniors, apelidado de time dos pobres e dono do famoso estádio La bombonera, a panela de pressão. Ponto negativo dessa visita foi a cobrança de ingressos equivalente a R$ 12,00 para conhecer às dependências de um estádio que, apesar de surpreendente, não segue as normas da FIFA. Nos arredores tem uma espécie de calçada da fama com as pegadas dos jogadores consagrados que passaram pelo clube. Detalhe para uma estrela reservada aguardando a pisada de Diego Maradona. Próximo dali, nos dirigimos ao bairro Camelito, excelente para comprar lembrancinhas, pois o preço, apesar de não satisfazer, é inferior ao centro da capital argentina.O dia 14 foi bastante exaustivo. Decidi caminhar por Buenos Aires. Eu e minha esposa kheila, encontramos o Teatro Cervantes e o Teatro Cólon. Ambos em reformas. Visitamos o famoso Cemitério da Recoleta, que pode ser chamado de condomínio dos mortos, em virtude das elevadas tumbas. Em meio a essa selva de pedra de túmulos, estão depositados os cadáveres da Família Duarte, entre eles, da antiga presidente Eva Peron. Para recompensar a Biblioteca Pública fechada, encontramos na cidade a Biblioteca Nacional do País com uma Arquitetura muito inovadora, conforme imagem ao lado. Passamos pelo Museu do Carro que porta grandes antiguidades automotoras, além de uma pequena, mas organizada Biblioteca especializada.A cinco quadras dali, freqüentamos o bonito Jardim Japonês que também possui lagos, cerejeiras, peixes e uma pequena Biblioteca. É percebido que o povo argentino é muito incentivado à prática de ler. Há inúmeras livrarias na cidade. Em qualquer museu, parque, jardim possui um espaço reservado para Biblioteca e a leitura. Até os mendigos lêem na capital. . Partimos até o Museu de Belas Artes, que também porta uma Biblioteca. Na categoria pinturas e quadros, o Museu compete igualmente com o Castelo de Brennand, em Pernambuco. Passamos pela Torre Monumental presenteada pelos ingleses aos argentinos. O irônico que em frente ao belo monumento está localizada na Praça de San Martin a homenagem aos soldados, vítimas na Guerra das Malvinas contra a Inglaterra. Cara a cara, um bom presente e um presente de grego. . Dali fomos ao extenso Puerto Madero, onde estão situados diversos restaurantes, embarcações e até um Cassino Flutuante. Durante o trajeto nesse dia descobrimos uma nova profissão, os passeadores. Pessoas remuneradas que, a pedido dos donos que não tem tempo, adestram e passeiam diariamente com dezenas de cães amarradados na cintura.. ![]() No dia 15 fomos de metrô até o bairro José Hernandes onde está localizado o Centro Cultural da Organização Budista Soka Gakkai Internacional (SGI) que possui um auditório com capacidade para 1000 pessoas. A noite fomos a um show tradicional de Tango. Ir a Buenos Aires e não assisti um show desse gênero, mesmo não gostando do estilo musical, é como não ir, pois todo mundo fala isso. Para um roqueiro como eu, me surpreendi com o espetáculo e aconselho a todos a assistirem. É realmente, fenomenal! Sem mais palavras! . No dia 16, conhecemos o Rio tigre que fica a quarenta minutos de Buenos Aires. O rio apresenta diversas vertentes e as famílias residentes nelas se locomovem somente de barco. Pode parecer piada, mas cada vertente é uma rua e cada residência possui um nome e um número. É um bairro onde as ruas e estradas são de água e somente embarcações podem trafegar.. À noite retornamos de Buenos Aires no vôo das 23 horas de 10 minutos com embarque atrasado em 1 hora e dez minutos. Chegamos com chuva em Florianópolis pouco depois das 2 horas da madrugada do dia 17 de julho. . ISSO É APENAS UM RESUMO. INFORMAÇÕES MAIS DETALHADAS SOBRE ESSA TURNÊ EM BUENOS AIRES NAS PRÓXIMAS POSTAGENS. AGUARDEM, NÃO DEIXEM DE CONFERIR!!. BIBLIORAM também está presente em: ![]() PARCEIROS BIBLIORAM: . |
14 de novembro de 2016
BUENOS AIRES
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