14 de novembro de 2016

BUENOS AIRES

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 RETORNO A BUENOS AIRES 
 Nada diferente do Brasil 
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Em frente a Casa Rosada, na Plaza de Mayo
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FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA e RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA. 
Clique nelas para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung-fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
Escritor, Blogueiro e Diretor do Biblioram
Obelisco de Buenos Aires
Foram mais de seis anos, enfim, retornei com alegria à terra do Tango e de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, primeiro Pontífice Latino Americano e do Hemisfério Sul. Exatamente, estou falando da ARGENTINA, de tanta tradição no futebol, do segundo maior país em extensão territorial da América do Sul, e o oitavo maior do mundo. (WIKIPÉDIA, 2016a). E novamente visitei a bela capital federal, BUENOS AIRES, não a província, e sim, como anos atrás o distrito autônomo, e para melhor entendimento brasileiro, o Distrito Federal. "Em 1880, depois de décadas de luta política, Buenos Aires foi federalizada e separada da província de Buenos Aires". (WIKIPÉDIA, 2016b). Dessa vez, meu intuito não foi gozar o direito de férias, e nem aproveitar um maravilhoso espetáculo de dança local. Minha finalidade foi de participar de um importante evento esportivo internacional de artes marciais, o CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE KUNG-FU WUSHU. Não  foi uma planejada viagem daquelas duradouras, mas dos três dias que lá fiquei, pelo menos dois estive reservado com a respeitada Seleção Brasileira de Wushu. E o local dessa concentração foi um dos belos ginásios do CENARD (Centro Nacional de Alto Rendimiento Deportivo). Ao redor está o grande e histórico Estádio Monumental de Nunes, conhecido como a casa majestosa de um dos mais tradicionais times do futebol argentino, o River Plate, apelidado como 'time dos ricos' e principal rival do Boca Juniors dos ídolos Diego Maradona e Carlito Tevez, o 'time dos pobres'. Na verdade, baseado na atual realidade vista nas ruas dessa capital, em cada consumo feito, e nos comentários populares, parece que todos, inclusive os simpatizantes do River, estão do mesmo lado, o lado dos pobres que vivenciam uma época de grande crise econômica no país. A única boa oportunidade que tive prazer de andar descompromissado, e apreciar mais um pouquinho da paisagem urbana da intensa capital, ou seja, turistando por suas ruas tradicionais, foi num domingo que antecedeu o 'Día del Respeto a la Diversidad Cultural' ou dia da Raça. (WIKIPÉDIA, 2016). Com o receio nas últimas vinte e quatro horas de ter pouca moeda estrangeira em meus bolsos, a principal empreitada dessa manhã dominical foi encontrar casas de câmbio em funcionamento, o que é difícil em dias como esses, praticamente um feriado após o outro. Algumas obras públicas de manutenção nas ruas centrais, inclusive na Avenida Córdoba, a mais afetada, levantou um pouco de poeira, mas não atrapalhou o prazeroso passeio. Finalmente, descobri uma bendito local de câmbio situado no piso inferior da belíssima Galeria Pacífico, e só de olhar a extensão da fila de espera, acredito que esta era a única nesse dia com as portas abertas na metrópole. Depois de meia hora, observando o escultural teto artístico desse shopping, e aguardando com a paciência que todo turista deveria ter, ficar sem pesos argentinos deixou de ser um temor. A brisa fria desde o amanhecer cedia mansamente espaço a um tímido sol que aos poucos triunfava contra as nuvens acima dessa selva de pedra. A luz solar reinou forte e tomou conta da atmosfera até o crepúsculo desse final de semana.
Algumas das novidades da grande feira
Assim, defino esse clima indeciso durante a permanência da bem vinda luminosidade, que governou soberana em todos os dias que lá estive, independente de estar refém de compromissos, ou não. Logo depois, matei a saudade do principal ponto de encontro de brasileiros, a Casa Rosada, que além de suas altas grades de ferros limitando a circulação de pedestres, agora mais fortalecida no final de um funil parcialmente composto por barricadas de seguranças. Acredito, que com a finalidade de monitorar manifestações públicas mais intensas. Aliás, é muito nostálgico se deparar com uma Plaza de Mayo servindo de enorme varal sitiado por faixas estendidas e com dizeres ofensivos contra o atual governo de Mauricio Macri, atual Presidente da república, acusado de ser um dos responsáveis pela situação econômica vivida por essa nação sul-americana. Nada muito diferente ou chocante diante de olhares brasileiros. Nós sempre atentos, acostumados e, por que não dizer, experientes com esse tipo de lamentável situação, e que já fomos cúmplices da queda de dois chefes de estado corruptos, e ridiculamente impedidos de governar. Uma feira bem diversificada, da qual não lembro nome, se prolongava - eu acredito - por mais de dois quilômetros de extensão dos paralelepípedos irregulares e causadores de tropeções da Rua Balcarce. Parecia não ter fim. Somente quando retornei ao Brasil, me veio a cabeça a questão: Seria essa a famosíssima Feira de San Telmo? Arriscando meu precário linguajar espanhol que confundia esses feirantes locais, muita criatividade artesanal e interessante vi por ali. Tipos de coisas que me entusiasmou, e vem provocando minha imaginação até hoje por meio de idéias a serem colocadas em prática na terrinha de São José da Terra Firme, estado de Santa Catarina (SC). Continuando minha lenta caminhada em meio a essa movimentada feira, uma dupla musical composta por rapazes produzia somente o instrumental de um som blues gostoso de escutar, e eu nem ao menos me toquei de dar-lhes algumas poucas moedas de centavos de pesos argentinos. Até mesmo num feriado, é impossível se sentir sozinho por Buenos Aires, pois essa metrópole lhe proporciona muitas opções. Retornando pela interminável esplanada da avenida 9 de julho até as redondezas do Obelisco, um super festival de churrasco que deixava a capital como nos dias úteis: barulhenta, movimentada e com trânsito lento. Tal evento atraiu milhares de pessoas, de todas as classes, e poluía o ar com uma forte nuvem de fumaça e cheiro de carne assada de dar água na boca. Aliás a maldita fome, e principalmente o pecado capital da gula, precisam ser bem administrados nos dias de hoje nesse país, e digo por que: É fácil encontrar locais que servem comida de excelente qualidade em Buenos Aires, porém nada é barato, precisando caminhar muito para não gastar em excesso, cenário bem diferente de quando lá estive anos atrás.
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REFERÊNCIAS: 
WIKIPÉDIA. Feriados na Argentina. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Feriados_na_Argentina. Acesso em 3 dez. 2016.
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WIKIPÉDIA. Argentina. Disponível em:https://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina. Acesso em:08 nov. 2016a. 
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WIKIPÉDIA. Buenos Aires. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Buenos_Aires. Acesso em: 8 nov. 2016b.
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BIBLIORAM EM BUENOS AIRES
Ramadan Pereira Espindola, fundador do Biblioram, nas
dependências do La Bombonera, Estádio do Boca Junior, em Buenos Aires.
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Todas as fotos são de autoria de Kheila Amorim e Ramadan Pereira Espindola.
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Por Ramadan Pereira Espindola (Julho/2010).
Biblioram agora é internacional. Visitei Buenos Aires, Capital Federal da Argentina. Saliento que as informações seguintes foram bem resumidas, e nos próximos dias serão postadas matérias mais detalhadas sobre minha passagem na cidade Argentina. Aguardem! Então, vamos ao que interessa. Pisei no solo desse país por volta das 14 horas do dia 12 de julho. Uma das primeiras dificuldades encontradas na terra de Dom Diego Maradona, foi a recepção no Aeroporto Internacional de Ezeiza que pode ser comparada ao clima da cidade nessa época do ano. Muito fria! Para falar a verdade não se pode comentar a recepção, pois ela praticamente não existe. Ao contrário dos aeroportos do Brasil, onde sempre há um funcionário se disponibilizando para orientar os turistas. Nesse requisito, nós brasileiros somos tão bons que ainda aprendemos a língua deles, e eles não fazem nenhum esforço para aprender a nossa.
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Do clima tem que se falar. É muito frio! Enfrentei temperaturas entre 6 a 0 graus Celsius. Outra cansativa tarefa de gincana foi trocar os dólares e reais por pesos, moeda argentina. Filas extensas nos bancos de cambio do aeroporto e muito mau humor por parte dos bancários que se recusaram a trocar uma nota de 100 por duas de 50 pesos.
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No trajeto até o hotel, percebe-se que em qualquer lugar no mundo, e na Argentina não é diferente, muita desigualdade social. Mendigos nas ruas, prédios velhos e mal preservados, quase que caindo aos pedaços. Porém, mesmo após duas semanas da seleção daquele país sofrer a eliminação da Copa do Mundo de Futebol, persiste uma presença patriota por parte dos hermanos. Muitas bandeiras esticadas nas janelas dos apartamentos e das casas refletem esse sentimento.
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Na área central, o patriotismo continua o mesmo. Vitrines com a bandeira do país e decorações nas cores azul e branco. As lojas esportivas respiram o espírito da seleção argentina. Mas a cidade muda em outro sentido. Prédios mais preservados, taxistas por todos os lados, e um grande fluxo de consumidores, principalmente no calçadão da Rua Florida, onde predomina o movimentado comércio e o luxuoso Shopping Center Pacífico. Nota-se que a rivalidade entre os países sul americanos, especificamente Brasil e Argentina, está somente no esporte, principalmente no futebol. Os pedestres e condutores de veículos são bem hospitaleiros. Porém, os comerciantes e comerciários fazem apenas o básico em atendimento. Muitos acham que estão fazendo um favor e não olham para o cliente, principalmente se for brasileiro. Senti essa rejeição na pele. Por isso defino o povo argentino em duas classes: pessoas e comerciantes.
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Eles oferecem de tudo nas ruas. Bijoterias, óculos, tocas, luvas, isqueiros, e um monte de cacalhada. O mais marcante nas Ruas do Centro, principalmente na Rua Florida, é a oferta de shows de tango e lojas do Mcdonalds. Em menos de 500 metros existem 3 franquias dessa multinacional.
Uma coisa que me deixou chateado, eu que sou estudante de Biblioteconomia, foi encontrar a Biblioteca pública fechada sem saber os motivos.
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No dia 13, visitei a Praça de Maio, acampamento das famílias dos combatentes da Guerra das Malvinas que reivindicam melhores pensões. A praça serve de quintal para mendigos, a Casa Rosada e seu museu em reformas, e ainda para bela Catedral Metropolitana onde está o mausoléu de San Martin. Depois fomos até o popular bairro o Boca, onde está localizado o time de futebol mais tradicional de Buenos Aires, o Boca Juniors, apelidado de time dos pobres e dono do famoso estádio La bombonera, a panela de pressão. Ponto negativo dessa visita foi a cobrança de ingressos equivalente a R$ 12,00 para conhecer às dependências de um estádio que, apesar de surpreendente, não segue as normas da FIFA. Nos arredores tem uma espécie de calçada da fama com as pegadas dos jogadores consagrados que passaram pelo clube. Detalhe para uma estrela reservada aguardando a pisada de Diego Maradona. Próximo dali, nos dirigimos ao bairro Camelito, excelente para comprar lembrancinhas, pois o preço, apesar de não satisfazer, é inferior ao centro da capital argentina.

O dia 14 foi bastante exaustivo. Decidi caminhar por Buenos Aires. Eu e minha esposa kheila, encontramos o Teatro Cervantes e o Teatro Cólon. Ambos em reformas. Visitamos o famoso Cemitério da Recoleta, que pode ser chamado de condomínio dos mortos, em virtude das elevadas tumbas. Em meio a essa selva de pedra de túmulos, estão depositados os cadáveres da Família Duarte, entre eles, da antiga presidente Eva Peron.

Para recompensar a Biblioteca Pública fechada, encontramos na cidade a Biblioteca Nacional do País com uma Arquitetura muito inovadora, conforme imagem ao lado. Passamos pelo Museu do Carro que porta grandes antiguidades automotoras, além de uma pequena, mas organizada Biblioteca especializada.
A cinco quadras dali, freqüentamos o bonito Jardim Japonês que também possui lagos, cerejeiras, peixes e uma pequena Biblioteca. É percebido que o povo argentino é muito incentivado à prática de ler. Há inúmeras livrarias na cidade. Em qualquer museu, parque, jardim possui um espaço reservado para Biblioteca e a leitura. Até os mendigos lêem na capital.
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Partimos até o Museu de Belas Artes, que também porta uma Biblioteca. Na categoria pinturas e quadros, o Museu compete igualmente com o Castelo de Brennand, em Pernambuco. Passamos pela Torre Monumental presenteada pelos ingleses aos argentinos. O irônico que em frente ao belo monumento está localizada na Praça de San Martin a homenagem aos soldados, vítimas na Guerra das Malvinas contra a Inglaterra. Cara a cara, um bom presente e um presente de grego.
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Dali fomos ao extenso Puerto Madero, onde estão situados diversos restaurantes, embarcações e até um Cassino Flutuante. Durante o trajeto nesse dia descobrimos uma nova profissão, os passeadores. Pessoas remuneradas que, a pedido dos donos que não tem tempo, adestram e passeiam diariamente com dezenas de cães amarradados na cintura.
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No dia 15 fomos de metrô até o bairro José Hernandes onde está localizado o Centro Cultural da Organização Budista Soka Gakkai Internacional (SGI) que possui um auditório com capacidade para 1000 pessoas.
A noite fomos a um show tradicional de Tango. Ir a Buenos Aires e não assisti um show desse gênero, mesmo não gostando do estilo musical, é como não ir, pois todo mundo fala isso. Para um roqueiro como eu, me surpreendi com o espetáculo e aconselho a todos a assistirem. É realmente, fenomenal! Sem mais palavras!
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No dia 16, conhecemos o Rio tigre que fica a quarenta minutos de Buenos Aires. O rio apresenta diversas vertentes e as famílias residentes nelas se locomovem somente de barco. Pode parecer piada, mas cada vertente é uma rua e cada residência possui um nome e um número. É um bairro onde as ruas e estradas são de água e somente embarcações podem trafegar.
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À noite retornamos de Buenos Aires no vôo das 23 horas de 10 minutos com embarque atrasado em 1 hora e dez minutos. Chegamos com chuva em Florianópolis pouco depois das 2 horas da madrugada do dia 17 de julho.
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ISSO É APENAS UM RESUMO. INFORMAÇÕES MAIS DETALHADAS SOBRE ESSA TURNÊ EM BUENOS AIRES NAS PRÓXIMAS POSTAGENS. AGUARDEM, NÃO DEIXEM DE CONFERIR!!.

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