10 de setembro de 2013

BIBLIORAM no MORRO DA PEDRA BRANCA

          
.
BIBLIORAM no MORRO DA PEDRA BRANCA
Abraçando a Grande Florianópolis/SC
.
No alto do Pedra Branca, uma das mais belas vistas panorâmicas da Grande Florianópolis/SC
.
FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las.
.

 POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais Chinesas
 
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
Há algum tempo já queria ter subido o famosíssimo Morro da PEDRA BRANCA. Os muitos boatos que eu ouvira na infância até os dias atuais, atiçava a curiosidade, não só minha, mas de muita gente. Não é a toa que esse maravilhoso ponto turístico da cidade de SÃO JOSÉ, Estado de Santa Catarina (SC), proporciona uma das mais belas e magníficas vistas panorâmicas da região da Grande Florianópolis/SC. Depois dessa sonhada aventura ter sido adiada na data de 25 de agosto de 2013, em virtude de condições climáticas não favoráveis - ou seja, frio intenso e chuva fina duradoura -, foi no final de semana seguinte, no dia 1º de setembro, que decidimos reunir uma galera encarnada para caramba para concretizar essa missão, que já estava com a data de validade quase vencida. E tudo começa no tradicional Sertão de Imarium, no município josefense. Para chegar neste bairro, o caminho mais utilizado para quem mora nas cidades vizinhas é saindo da rodovia federal BR-101, e entrando no primeiro acesso após o trevo do bairro Forquilhinhas para seguir na rodovia estadual, a SC-407, a mesma que leva até o Município de São Pedro de Alcântara, primeira colônia alemã do Brasil. Da BR-101, após uns 4 quilômetros de pista recentemente duplicada, guiá-se a esquerda na Rua Francisco Antonio da Silva, onde em seu início está localizada uma base da Eletrobrás. Depois disso, mais uns 3 quilômetros são percorridos, inclusive, sobre uma pequena ponte no começo da Rua Camilo Francisco da Silva. Mais alguns metros, o calçamento cede espaço a rua de chão batido e alguns buracos. Em seu final, os campos entre morros, gados pastando é a paisagem que demonstra a vida no interior. 
Num do morões das cercas há um boneco esquisito com um capacete negro e olhos dourados que recepciona os visitantes. Dali não é possível continuar com veículos automotores, a não ser motocicletas especializadas para terrenos excessivamente irregulares como o que enfrentaríamos em seguida. A presença de motociclistas aventureiros é muito rotineira, tanto que durante todo o trajeto que faríamos a seguir até o morro, pude notar por diversas vezes marcas de pneus pela trilha. Então, deixamos nossos veículos aos cuidados de um morador local, em troca de alguns trocados que só pagamos na volta. Na garagem da humilde casa dele vários quadros de roqueiros como Angus Young, guitarrista da emblemática banda australiana AC/DC. Nos primeiros minutos de caminhada em ritmo lento, acessamos um trecho mais complicado do que naturalmente os trilheiros costumam seguir. Poderíamos ter ido direto, pelo caminho principal onde a trilha é bem mais aberta e possui menos obstáculos. Todavia, só tivemos conhecimento dessa informação quando a poucos metros do pico do Pedra Branca, encontramos outros aventureiros que nos falaram dessa alternativa. Desinformados, adentramos no primeiro acesso, onde sinalizava um plaquinha branca de madeira com os dizeres "Trilha PB" (ver imagem acima ao lado esquerdo). Esse trecho pode até ser mais complicado, pois trabalha bastante os joelhos dos aventureiros, além da trilha de mata parcialmente fechada predominar durante uma longa distância. Porém, aí que está o espírito da aventura. Sem dificuldade, sem desafios, e sem receio de se perder, não tem a menor graça. 
Muitas árvores derrubadas, cipós pendurados, grandes pedras e duas pequenas pontes de madeira em situações bem precárias que não nos arriscamos a passar. Sob uma delas um pequeno córrego onde abastecemos nossas garrafas plásticas com água. No final desse trecho que cruza o caminho principal (aquele que tínhamos ignorados no início), um grupo de jovens ciclistas - gurizada mesmo - aparentemente bem equipados com capacetes, luvas, joelheiras e tornozeleiras, esperavam toda nossa equipe para que pudessem descer sem atropelar ninguém. Trocamos algumas idéias bem humoradas, e desejamos a eles boa sorte na descida. Mais adiante, quando a mata fechada deu lugar ao caminho aberto, o céu estava parcialmente nublado, ao contrário do início da manhã. Agora o sol, que foi radiante nas primeiras horas do dia, nem aparecia e a temperatura era bem agradável, e quem dera se fosse sempre assim em todas as trilhas que eu decidisse participar. Passamos por mais um grupo, em número maior que o nosso, que disseram que faltava aproximadamente 15 minutos para chegarmos no topo. E foi exatamente esse tempo que levamos para alcança-lo. Ao todo levamos 1 hora e 40 minutos para concluir toda a trilha, o que é o padrão para quem apenas não quer subir, e sim observar os detalhes, curtir a natureza ao redor e até o final, e se não fosse por isso, não teria o que escrever nessa matéria. O topo é fantástico e proporciona uma vista panorâmica de 360 graus da região, inclusive com muita nitidez a capital de todos os catarinenses, a ilha de Florianópolis/SC (ver primeira imagem central dessa matéria). 
Cansados, mas com muita vontade, começamos o que muita gente ali, que chegara antes de nós, estava fazendo, um piquenique com frutas e sanduíches. Nessas horas, a comunicação e troca de favores com outras pessoas é inevitável, principalmente quando se precisa de alguém para bancar o fotógrafo e registrar toda a equipe numa só foto. E Esse tipo de recordação vale a pena. Fizemos muitas imagens de outros pontos do pico, que são locais bem propícios a queda, e por isso é preciso ter um excesso de cautela. Sugiro até a não se arriscar como muitos membros da equipe Biblioram fizeram, inclusive, EU. Em alguns desses pontos, se um indivíduo cair, ele realmente despencará em queda livre, e não rolará, ou seja, a morte é certa. São pelo menos 500 metros de altura até o solo. Um princípio de chuva e vento forte, nos obrigou a dar adeus ao Pedra Branca. Porém, não ingressamos pela "Trilha P/B", e decidimos seguir pelo trecho principal, aquele que inicialmente desconhecíamos, que é menos curto e, logicamente, proporciona uma volta mais rápida. Nesse retorno, aconteceram situações hilárias, entre elas com um membro da nossa equipe - com tênis branco limpinho e metidão a se esconder no mato para assustar as pessoas - acreditou ser um cinegrafista, já que filmava todo o caminho de volta. Resultado: não deu outra, o cara escorregou, caiu entre duas valas, uma imagem típica de um goleiro tentando agarrar uma bola oriunda de um chute rasteiro.
Graças a todos os santos que o cara não sofreu nenhum dano físico, foi o momento mais comédia dessa aventura. Após isso, fizemos uma última parada de descanso, pois muitos integrantes estavam cansados. Dividimos uma barra de chocolate ao leite e nos hidratamos com o pouco que ainda nos restava de água em nossos recipientes. A trilha principal mesclava em alguns pontos um chão muito seco e arenoso, propício a escorregões, e em outros muita lama dividindo espaço com as folhas da vegetação local. De volta aos nossos veículos, aos poucos nos dividimos, cada um para seu lado, mas já com um novo desafio mais audacioso em mente, o Morro do Cambirela, no município de Palhoça/SC. Porém, isso é algo que ainda está apenas no papel e falta planejarmos.

ASSISTA O VÍDEO ABAIXO 
AUTORIA de DEIVID GONÇALVES e ANELISE MENDONÇA
VISTA PANORÂMICA DO MORRO DA PEDRA BRANCA
 .
.
Equipe Biblioram que cumpriu a trilha
.
Do Bairro Sertão do Imarium, uma dimensão da altura do Morro da Pedra Branca (no fundo)
.......................
CLIQUE nessas logomarcas e seja MAIS um SEGUIDOR Biblioram
      
PARCEIROS BIBLIORAM:
   ..
Ajude a DIVULGAR o Biblioram. A HTML segue abaixo. É só copiar e colar.
.
Seu COMENTÁRIO é muito importante. CLIQUE abaixo e dê sua opinião.
.

Nenhum comentário: