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A ITÁLIA, SEGUNDO BIBLIORAM - PARTE 12
Não confunda a ITÁLIA com a maioria dos ITALIANOS
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Estacionando na calçada: a prova que os europeus não são tão respeitosos no trânsito
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FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las. .
POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais Chinesas
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Formado em Administração pela Faculdade Borges de Mendonça
Em meus primeiros passos na ITÁLIA, já tinha sentido uma certa antipatia por parte de grande parcela da população. Um grande desrespeito, e para falar a verdade, muita má educação, típica de um país que apoiou Adolf Hitler na Segunda Grande Guerra Mundial. Essa frieza e ignorância, acreditei que tinha ficado apenas nos livros de história, mas me equivoquei. Ainda há muitas dessas infelizes atitudes quando um turista pede informação, ou vá se servir num restaurante. Pelo que senti na pele, e pelo que presenciei, posso falar e afirmar.
Prezado leitor, é preciso ter um pavio bem longo para não causar um incidente diplomático, e honestamente, é complicado ser estrangeiro na Itália. Não é a toa que esse país apoiou a discriminação e tortura aplicada pelos Alemães aos judeus. De todos os países que pude visitar, mesmo não sendo muitos, esse sem dúvida foi onde presenciei mais atitudes racistas demonstradas por grande parte da população. Não é achismo da minha parte, não é raiva armazenada, pois já se passaram semanas, e posso garantir que meu ódio nunca se acumula, e garanto que as vezes é esquecido. Isso é somente 'Razão', com base em fatos. Também não quero generalizar um povo, ou cuspir em todas as belezas e serviços que a Itália me ofereceu e que, confesso, foram quase todos encantadores. Pois tem muitas idéias lá que podem se praticadas no Brasil, e não há como negar, em alguns aspectos temos que copiá-los e, em outros temos que mandá-los para as profundezas do inferno.
Mas tudo isso será relatado no decorrer dessa postagem que mescla pontos negativos e positivos de viver na Itália. Por isso, que o título dessa parte derradeira da saga de Biblioram nesse país é chamada de "NÃO CONFUNDA A ITÁLIA COM A MAIORIA DOS ITALIANOS". Então, começo abordando o custo de vida comparando as moedas brasileira e italiana. Tudo que custa R$ 1 real no Brasil, vale 1 euro ou mais na Itália. Então, ao visitar esse país europeu, não façam conversões, pois se fizerem ficarão chocados e não irão se divertir. Quanto aos italianos eu os defino em três tipos distintos: O primeiro, a grande maioria, são grossos, mal-educados e preconceituosos e podem ser encontrados trabalhando em aeroportos e principalmente em restaurantes; o segundo, em número bem menor e quase extintos que são: os hipertensos, os cardíacos e os idosos, pois esses não podem mais se estressar; e o terceiro quase invisível, são de outras descendências ou influências religiosas. Durante o tempo que estive na Itália, é notável a quantidade de pessoas tentando sobreviver pedindo esmolas pelas ruas de todas as cidades (ver imagens no decorrer dessa matéria), sem exceção. No Brasil, os mendigos, são mais caras-de-pau e aparecem em nossas portas completamente alcoolizados. Nesse país europeu, os famintos e rejeitados são magrelos, doentes e passam fome e muito frio; vestem mantos sobre os corpos, que muitas vezes, nem é possível ver seus rostos; e ainda erguem os braços aos céus para implorar de uma forma que dá pena, ou seja, é cinematográfico o poder de persuasão.
Por outro lado, é explícito o poderio do catolicismo nessa nação, que a cada três quadras de cada bairro, até mesmo das menores cidades italianas, há igrejas presentes. Algumas catedrais, portadoras de grande valor histórico, cobram ingressos para visitação, outras ainda exigem alguns euros a mais caso o visitante queira fotografar as dependências internas ou até mesmo adentrar em outros setores, como aconteceu na Duomo de Milão. Isso, ao meu ver, não demonstra que a intenção inicial não é preservar os bens ou a riqueza histórica, e sim lucrar sobre eles. E uma religião não pode extorquir as pessoas, mesmo sendo elas turistas. Acredito que essas organizações religiosas deveriam motivar os necessitados de alguma forma ou, no mínimo, gerar oportunidades em vez de iludi-las por meio da fé. Quanto mais há seres humanos mendigando, mais reformas são realizadas em igrejas, que aliás são os únicos pontos turísticos a serem restaurados, pois me preocupou o matagal que tomava o Fórum Imperial, e que ameaçava o Coliseu. A influência católica é tanta que não se pode construir nenhum edifício que seja mais alto que a catedral da cidade, ou seja, um paradigma idiota de quem parou no tempo. Pois quanto menos prédios, mais casas ocupam espaço que poderiam ser destinadas para áreas de lazer e outras idéias. Quanto ao comportamento, durante oito dias estudando e vivendo a cultura e comportamento humano nesse país, tive o desprazer de conviver com muitos de seus habitantes e, como já citei anteriormente, não são todos que demonstram arrogância, que fique bem claro.
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Apesar de haver um pouco mais de respeito às leis de trânsito, como a atenção nas faixas de pedestres, rodovias e cruzamentos excessivamente bem sinalizados, é possível ver alguns desrespeitos como o excesso de velocidade nas rodovias, e o estacionamento em locais proibidos, como sobre a calçada (ver primeira imagem central dessa matéria). Em quase todas as hospedagens o bom atendimento divide espaço com a ausência de serviços básicos e livres de custos. Me refiro ao uso da Internet gratuita (WI-FI Free), que muitos hotéis daquele país adotam politicas de cobranças por tempo de uso. Na culinária predomina os carboidratos a base de muita massa e o arroz com feijão não aparecem nos cardápios dos restaurantes. Durante os oito dias que estive na Itália, consumi muita pizza, macarronada, lasanha, molhos, batatas, bacon, queijo, omeletes e, estranhamente, não vi muitos italianos obesos. Caso o consumidor queira fugir dessa rotina alimentar terá que caminhar bastante, além de elevar muito o custo do almoço e da janta. Nos supermercados e Home-centers, tudo aparenta mais organização e limpeza, e os legumes e frutas, apesar de não serem tão gostosos, possuem uma aparência bem mais limpa. Num supermercado, peguei uma maçã na mão para poder acreditar no que estava vendo, e fiquei impressionado, pois a fruta parecia similar a do filme da "Cinderella", tão brilhante e nenhuma manchinha menor que fosse. Nos restaurantes, o atendimento é horrível, pois eles nos enxotam - essa é a palavra exata a ser dita - após as refeições como se fossemos animais sem dono.
Um membro de nossa equipe mal acabara de almoçar e o garçom muito mal-educado o obrigou a não mais a ocupar a mesa, mesmo com o estabelecimento parcialmente vazio. É invejável, como em algumas cidades italianas, com populações inferiores a cidade de Florianópolis - no Brasil -, possuem linhas de metrô ou trem de superfície. Eu achei que estava alucinando quando vi aquele trem azul no centro da pacata Pádua. O transporte coletivo italiano, tanto nos ônibus como nos pontos de paradas nas ruas, é bem informativo, todavia, nesses pontos não há abrigos para os usuários se protegerem em dias chuvosos. Nos interiores dos ônibus, não tem cobradores controlando o entra e sai de pessoas. Há apenas máquinas para o passageiro introduzir um cartão pré-pago válido por 100 minutos de viagem, porém não há controle, e muitos usuários saem sem pagar. Posso garantir que nesse serviço não há fiscalização, pois eu mesmo fiz vários testes nos quatro dias que estive em Florença e em Roma, e trafeguei de graça, mas lembrando: foram apenas testes, pois isso tal atitude não é do meu caráter. Ainda sobre os ônibus, são poucos os assentos dentro deles, em virtude da alta lotação de passageiros. Como já dito, nas ruas italianas os mendigos são inúmeros, o que é nula é a presença de animais abandonados e fezes deles pelas ruas e calçadas. Não vi sequer um cachorro ou gato sem dono.
Os bichos com seus donos são civilizados demais, parecem adestrados, ou fumaram maconha, sei lá, pois eles não latem contra sua espécie, nem contra ninguém. Pelo incrível que pareça os italianos demonstram um carinho enorme por cães, e isso já é um bom começo para um povo, em que sua maioria demonstra um excesso de raiva pelos seres humanos, e pelo que pude comprovar, os turistas. E finalmente, após doze capítulos chegamos ao fim dessa saga, e como sempre nosso blog é honesto em tudo que escreve, doa a quem doer. Espero que tenham gostado. Essa foi a Itália, segundo Biblioram. ATÉ A PRÓXIMA!!
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