2 de maio de 2013

SUBINDO O MORRO DOS INGLESES

          
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SUBINDO O MORRO DOS INGLESES
Os vários caminhos de uma trilha confusa
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Primeiro ponto de vista panorâmica do Morro. No fundo a Praia dos Ingleses
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FOTOS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las.
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 POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu/Wushu Shaolin do Norte da Associação Hasse de Cultura Oriental e Artes Marciais Chinesas
 
Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formado em Administração pela  Faculdade Borges de Mendonça
No mês de Abril de 2013, a equipe Biblioram realizou mais uma grande aventura no norte da ilha de Florianópolis, capital de Santa Catarina (SC). Depois de concluirmos, nos meses anteriores, todas as trilhas do Santinho-Moçambique, dessa vez encaramos a famosa trilha do MORRO DOS INGLESES.   Estacionamos nosso veículo na entrada do bairro do Santinho, bem próximo ao ponto final da PRAIA DOS INGLESES, uma das praias florianopolitanas mais frequentadas pelos turistas no verão. Ao nos equiparmos para nossa aventura, uma mulher, sócia de um estacionamento no bairro (logicamente, com segundas intenções), aconselhou a não estacionarmos por ali, pois segundo ela, ultimamente ocorreram alguns roubos de carros durante o dia. Agradecemos a preocupação dela, mas mesmo assim, deixamos o automóvel no acostamento da Rua Vereador Onildo Lemos. Os primeiros passos são pela areia da praia, e dessa vez nossa equipe estava acompanhada de um novo membro chamado de Lucky, que é meu peludo cachorro alvinegro de estimação que se assusta com o barulho das pequenas ondas do mar. Também havia muitos cães abandonados caminhando pelo lugar e alguns deitados no início das dunas. Antes de chegarmos ao final da faixa de areia, uma cena lamentável ocorria. Diversos urubus atraídos pelo mau-cheiro dos restos de peixes largados na areia irresponsavelmente pelos pescadores. Concordo, que toda profissão é digna e que a pesca é importante e vital para muita gente. Porém, segue meu grito de indignação: "COMO TEM PESCADOR PORCO!!!!!". Chegamos ao final da faixa de areia, e no início do costão há uma passarela de madeira que facilita teu acesso pelas pedras, e ainda uma bica d'água junto a bonita estátua miniatura branca de um Cristo Redentor. 
Algumas placas sinalizam o  Museu das oficinas Lícitas, que eu admito nunca ter ouvido falar. Nossa primeira opção de trilha foi a maís visível: seguir pelo costão (segunda imagem dessa postagem, ao lado esquerdo). Acreditávamos que poderíamos chegar ao topo do morro, por esse caminho que parecia ser o único. Todavia, nos enganamos profundamente. O que encontramos foi um caminho bastante enlameado e com muitas bostas de animais, o que justificava a presença de uma vaca pastando nas proximidades. Após meia hora, notamos que essa trilha não levaria ao nosso objetivo, e que estávamos retornando ao início, na faixa de areia da praia. Decidimos fazer, o que não tínhamos feito, que foi pedir informação a algumas pessoas, entre elas, alguns turistas e um guia de um famoso Resort do norte da ilha. Esse sujeito nos orientou a seguirmos pela trilha correta, para sim chegarmos no alto do morro. 
Para dar início a subida, é preciso passar por dentro do terreno de um dos restaurantes que ali estão localizados. E lá fomos nós, já cansados, suados e sujos de lama, tudo resultado da investida anterior que foi desnecessária. E nossa aventura recomeçou em meio várias picadas de insetos, galhos nos espetando nas pernas, e alguns trechos com plantas espinhosas que até rasgaram minha calça. As bostas de animais também estavam presentes, mas dessa vez não percebi nenhum bovino. Ainda bem que estávamos adequadamente trajados para esse tipo de situação, e isso foi primordial para conclusão do percurso. Em geral, os rumos que conduzem ao topo possuem muitas dificuldades, é bastante íngreme, com alguns pontos de pura escalada, principalmente em seu final. Pelos menos em duas oportunidades, o caminho estava quase bloqueado por troncos velhos que deveriam, suponho eu,  ter sido derrubados com o força da natureza. As presenças inesperadas de grandes aves te assustam ao iniciarem voo e pularem de galho e galho. Sem perceber passávamos muito próximos as pequenas árvores onde essas aves descansavam, aí de repente elas voam em disparadas, e os sustos são inevitáveis. Mas em nenhum momento esses animais demonstraram agressividadeÉ preciso se atentar, pois existem algumas outras trilhas que se cruzam, inclusive uma que provavelmente conduz até a Praia do Santinho, e quase nos confundiu. 
Demos sorte em escolhermos o caminho certo. Mas segue um conselho, que serviu para chegarmos ao nosso destino: sigam pela trilha mais inclinada. Durante o percurso, é percebido um ambiente deslumbrante com uma paisagem belíssima, com túneis formados pela vegetação local e pedras gigantescas (ver terceira imagem dessa matéria). A poucos metros do topo, já estávamos no primeiro ponto de vista panorâmica, onde encontramos indícios de uma pequena fogueira apagada. Por não notarmos nenhum ponto mais alto, a princípio acreditávamos que ali seria o final. Mas, ainda havia mais trilha, e a nossa curiosidade nos levou a um ponto mais aberto que é possível visualizar de forma mais magnífica e por inteiras as duas praias, Santinho e Ingleses, unidas pelas mesmas dunas. E isso pode ser visto na primeira imagem abaixo. Ao todo foram 45 minutos de subida. Para ir embora foi bem mais tranquilo, pois não foi necessário retornar pelo mesmo caminho inclinado. Há uma outra trilha que praticamente circula o topo, e depois lá pela metade do morro cruza o caminho de ida. E foi por essa que fomos. Nesse retorno, encontramos quatro caras subindo com um violão. Certamente, iriam fazer uma sonzeira lá no topo.
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No fundo, as Praias dos Ingleses (lado direito) e Santinho (lado esquerdo), unidas pelas dunas
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Imagem da praia do Santinho, e no final dela o Morro das Aranhas
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Em direção ao Morro dos Ingleses. Subida íngreme durante toda a trilha  
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