21 de fevereiro de 2013

VOLTA AO MORRO DAS ARANHAS

          
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VOLTA AO MORRO DAS ARANHAS
A Praia do Moçambique é o prêmio
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Do Santinho em direção a Praia do Moçambique
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FOTOS DE KHEILA AMORIM E RAMADAN P. ESPINDOLA. Clique nelas para melhor visualizá-las.
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 POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Professor de Kung fu.
 
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Fevereiro de 2013, e nada melhor do que fazer uma trilha, ou seja, a grande trilha da A VOLTA NO MORRO DAS ARANHAS, que abrange as belíssimas Praias do Moçambique e Santinho, em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina (SC). E lá estava eu, vestindo novamente a calça da Academia Sino-brasileira de Kung-fu/Wushu fundada pelo Grão-Mestre Chan Kowk Wai. A aventura teve seu inicio na Trilha dos Carvalhos, nas proximidades do Complexo Esportivo do Costão do Santinho. Após 20 minutos de caminhada tranquila encontramos a Lagoa das Lavadeiras, a mesma que já havíamos visitado em setembro de 2012 (clique aqui para acessar essa matéria). Chovera muito nos dias anteriores e a pequena lagoa estava um pouco mais cheia desde a última vez que a visitamos. A partir dali, existem 2 caminhos a serem percorridos: um para os 'arrependidos' que é um retorno de volta ao começo, o outro para os 'determinados', que é uma trilha que leva até a quase deserta PRAIA DO MOÇAMBIQUE (conforme imagem acima, ao lado esquerdo).  Continuamos nosso objetivo de dar a volta completa do Morro das Aranhas.  Para isso é preciso caminhar até o Moçambique, e essa era a primeira etapa dessa missão a ser encarada pela equipe Biblioram. 
Percorrer quase 50 quilômetros de São José/SC até o norte da ilha, para caminhar apenas por 15 minutos e depois ir embora, é perda de tempo e dinheiro jogado fora, sem falar que é frustrante e vergonhoso. Era quase 11 horas da manhã e a medida que andávamos o sol ficava mais forte, e isso unido ao aquecimento do corpo em movimento, aumentava a sensação térmica sentida por nós. Durante o caminho é possível ouvir o barulho das árvores, muitas borboletas, mosquitos e o som dos pássaros e cigarras.  A trilha de barro úmido foi dando lugar a caminhos de areia, pois as dunas estavam ao redor (imagem ao lado direito), e isso torna mais cansativo o percurso, pois os pés afundam fazendo os aventureiros a exercerem mais força nas pernas. Chegamos na Praia do Moçambique por um corredor longo de aproximadamente 40 metros, empoçado pela água do mar. Antes tivemos que passar ilesos através de uma nuvem de zangões. Foram 50 minutos desde o inicio da aventura até o mar. Apenas uma residência no local e poucos banhistas por ali, e ainda 2 veículos, Jipes, estacionados na enorme faixa de areia. Nossa equipe decidiu por descansar numa das raras sombras existentes no local, que é sob duas pedras enormes, ali mesmo nas proximidades do costão. Na triste presença de duas garrafas quebradas abandonadas certamente por um algum otário irresponsável, nos hidratamos e recuperamos nossas energias durante uns 15 minutos para encararmos a fase derradeira da aventura. 
A partir daí, acreditávamos que esse percurso final seria mais fácil e rápido, mas nos enganamos totalmente. Admito, que subestimei a trilha, ou melhor, a extensão do costão que acreditei que seria curta. A volta para o Santinho, pelo Costão do Moçambique, não é bem uma trilha, e sim escaladas (conforme imagem ao lado esquerdo) que a medida que fomos subindo nos proporcionou belíssimas imagens da praia. Para nossa decepção, encontramos um pequeno rancho de madeira aberto, revestido com algumas lonas, e dentro dele muito lixo como garrafas vazias e sacolas plásticas. Os 200 primeiros metros são excelentes exercícios para os joelhos entre pedras e barro molhado, e durante grande parte de percurso até as areias do Santinho, isso é predominante. Além disso, a maior parte do percurso é a céu aberto, e pior ainda, nesse dia a sol forte aberto, e são pouquíssimos os locais com sombras para descanso. Segue um conselho: "Além de água e repelente contra mosquitos, levem consigo protetor solar, óculos e bonés. Proteção e cautela nunca é demais". Os escorregões são inevitáveis, e comigo não foi diferente, coisa que há muito tempo não acontecia . Todavia, a natureza do lugar, a vista das ondas agredindo as pedras, e ainda o visual de uma enorme ilha, que muitos a chamam de ILHA DAS ARANHAS (imagem acima, ao lado direito), fazem valer todo o cansaço e esforço acima do limite. 
Encontramos alguns aventureiros, muitos amadores, vindo no sentido contrário (Santinho a Moçambique), e notei que não conheciam bem o lugar, pois estavam calçando sandálias e roupas de banho e, por causa disso, provavelmente tiveram bastante dificuldades.  Repousamos por alguns minutos num dos poucos pontos fechados com sombras, e teias com aranhas forravam os galhos das árvores. Finalmente já era possível avistarmos as esculturas do Museu Arqueológico ao Ar livre. Há uns 200 metros das areias do Santinho, um lagarto imóvel no meio da trilha. Torci muito para ele continuar paradinho, mas quando pensei em pegar a máquina fotográfica da mochila, ele correu para mata fechada. Esses répteis são frequentes nessa região, e de longe vi muitos deles por ali. Chegamos na Praia do Santinho as 12:15 hrs numa presença enorme de banhistas, cada um falando uma língua diferente. É muito gringo num só lugar. Ao todo foram 2 horas e 15 minutos de percurso. Muita lama e areia nos tênis e nas meias, alguns capins grudados na calça, picadas de mosquitos no pescoço, e a camisa encharcada de suor. Mas tudo valeu a pena, sem dúvida. Aprendi muito nesse dia e, por isso, segue um conselho: "Por mais ou menos fácil que aparenta ser, nunca subestime uma trilha".
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Entre o Moçambique e o Santinho, um monte de Pedra do Morro das Aranhas, de frente para Mar
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O costão subestimado, entre o Moçambique e o Santinho  
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