11 de março de 2012

Descobrindo o Uruguai

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DESCOBRINDO O URUGUAI: PARTE 7
Parque Nacional Santa Teresa
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FOTOS: KHEILA AMORIM e RAMADAN ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Estava chegando ao fim da nossa saga em terras uruguaias. Fui num banco de câmbio para comprar meus últimos pesos uruguaios em território hermano, caso eu precisasse abastecer o tanque do carro. O caixa que me atendeu me fez, por motivos de segurança da agência, retirar da minha cabeça o boné com 'R' tradicional. fazer o quê? procedimento é procedimento! e aproveitei para pedir algumas informações sobre o próximo trajeto que seguiríamos. Faltava um pouco mais de 200 quilômetros desde que saímos do elitizado balneário de PUNTA DEL ESTE, para cruzarmos a fronteira pelo CHUÍ, no Estado brasileiro do Rio Grande do Sul (RS), e assim, estarmos de volta ao nosso tão querido país, chamado Brasil. Desde que saímos da movimentada Montevidéu, capital do Uruguai, já planejávamos parar num parque ambiental, localizado a 30 quilômetros da entrada da Praia de Cabo Polônio. Porém, isso dependeria muito da hora que passaríamos por ali. Mas antes, quase nos perdemos numa localidade após passar pelo confuso trevo de acesso da cidade de JOSÉ IGNÁCIO. Tínhamos a idéia maluca, se seguíssemos o mar, provavelmente estaríamos no caminho certo. Todavia, estávamos totalmente errados, pois você pode ir pelas proximidades do mar, mas as vezes é preciso nadar. Em vez de entramos em direção a salvadora Rota 9, seguimos adiante pela Rota 10, a mais próxima do oceano Atlântico, e nesta somente é possível continuar atravessando por balsa. isso assustou nossa equipe, pois não sabíamos se no outro lado do rio, onde a embarcação nos levaria, teriam tarjetos seguros e ruas asfaltadas ou, com o mínimo de boas condições de tráfego. Foi aí que rolou um pequeno receio, nos forçando a recuar 6 quilômetros, até voltarmos ao confuso trevo e entramos num caminho de estrada de chão (imagem ao lado direito) para encontrarmos a Rota 9 que, de acordo com nossos mapas, nos conduziria para o território brasileiro. Antes desse recuo paramos num posto de combustível para calibrar os pneus, verificar o nível do óleo e a água do radiador, e também para confirmar com os frentistas se a Rota 9 nos levaria ao nosso desejado destino. O trajeto por esse caminho é de 10 quilômetros, porém, excelente, pois trafeguei por muitas estradas brasileiras pavimentadas que não tinham as condições dessa estrada de barro e saibro. O único problema é que nosso veículo ficou sujo para caramba. Essa decisão foi a correta, pois surgiram durante esse percurso as primeiras placas sinalizando a distância até a divisa, algo que não vinha acontecendo durante toda a Rota 10, desde que saímos de Punta del Este. Enfim, tranquilos e na direção certa, queríamos atravessar a fronteira, e pelo menos conseguir chegar antes do anoitecer na cidade gaúcha de Pelotas/RS, onde passaríamos a noite, e no dia seguinte retornaríamos para nossa terrinha firme, São José/SC. Entramos no PARQUE NACIONAL DE SANTA TERESA pouco depois das 17 horas, com uma coletânea da antiga banda irlandesa, Thin Lizzy, reinando no som do carro. O que não esperávamos, pois imaginaríamos algo modesto com poucos pontos de atrações, era a imensidão desse lugar. Tivemos que realizar uma espécie visitação em ritmo de maratona para conhecer os pontos principais, senão atrasaríamos nossa ida até o Chuí/RS. O magnífico lugar é ideal para acampamentos e seguidores de trilhas, e no final dele há um imenso conjunto de bonitas praias, entre elas: Cerro Verde, Del Barco e Las Achira. A entrada é muito bem supervisionada pelo exército uruguaio, além disso é bastante sinalizado, pois no local possui quartel da polícia, bombeiros, mercado, parque de diversão, lanchonetes, restaurantes e muitos outros serviços, e ainda espaços na floresta com churrasqueiras e práticas esportivas. Se soubéssemos desses espaços não teríamos estacionado (ver imagem acima) num lugar qualquer do parque, onde ficamos descansado e nos alimentando aproximadamente por uns 20 minutos, pois desde La Barra não havíamos feito nenhum intervalo para refeição. Nesse extenso lugar, há também, o enorme e histórico Forte de Santa Teresa, construído no ano de 1762 (ver primeira imagem dessa postagem), e para visitá-la é cobrada um ingresso 20 pesos uruguaios, equivalente a apenas R$ 2,00 (dois reais). O belo parque porta um pequeno museu, homenageando o historiador Horário Arredondo, e conta um pouquinho da história importante da fortaleza e ainda orientam, por meio de uma maquete, os usuários sobre como encontrar as atrações e os ambientes. Muitas estufas para plantas, aquários e viveiros durante todo parque também marcam presença. Num desses viveiros a atração principal é um trio de papagaios que naquele momento não falaram nada. Por último, numa das casas particulares situadas próximo a grande Lagoa que pode ser vista por um mirante, avistei um lagarto se rastejando timidamente pelo quintal. Depois foi só entrar novamente na Rota 9 em busca da fronteira entre os 2 países. Nos próximos dias, nesse blog, contaremos tudo sobre como foi nossa entrada no Brasil, pelo CHUÍ, que vai gerar muita polêmica. NÃO DEIXEM DE CONFERIR. Abaixo, saiba um pouco mais sobre o Parque Nacional de Santa Teresa. As informações abaixo foram detalhadamente copiadas de um site referenciado no final dessa matéria.
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“O Parque Nacional de Santa Teresa localiza-se no Departamento de Rocha, no Uruguai. Conta com uma área de 3.000 hectares e mais de dois milhões de árvores. Embora a região de Rocha seja caracterizada por grandes dunas, o projeto de Santa Teresa optou por um reflorestamento em um critério mais amplo, utilizando-se não só exemplares da flora nativa do Uruguai mas também exótica. Bem cuidado e limpo, zeloso com o meio-ambiente, o parque teve inaugurado recentemente o roseiral mais importante do país, com mais de 330 diferentes espécies. O visitante conta com áreas de acampamento, providas com todas as comodidades. Destacam-se mais de 60 km de trilhas, quatro grandes praias com formações rochosas e pesca abundante, o conjunto da Fortaleza de Santa Teresa e outros, com destaque para um museu dedicado ao trabalho do historiador Horacio Arredondo na recuperação das fortificações da região”.
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REFERÊNCIAS:
WIKIPÉDIA: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_de_Santa_Teresa. Acesso em: 13 fev. 2012.
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DESCOBRINDO O URUGUAI: PARTE 6

Punta del Este, nada para se ver, a não ser o Museu do Mar
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IMAGENS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC

Formado em Administração
As 9 horas da manhã do dia 10 de fevereiro, largamos o excelente hotel com piscina e hidromassagem na capital do estado de Maldonado, e partimos mais alguns poucos quilômetros até PUNTA DEL ESTE. Honestamente, não tem muita coisa para se ver nessa famosa cidade balneária. Como já disse em matérias anteriores, trata-se de uma área muito elitizada, como Jurerê Internacional, na ilha de Florianópolis, no estado de Santa Catarina (SC), onde os ricos gostam de jogar dinheiro pela janela. Quem tem muita grana, o que não é o caso da equipe Biblioram que trabalha com baixíssimos orçamentos, pode fazer um monte coisa que aprecie ou não. Todavia, nem por isso deixamos de curti a famosa terra dos cassinos. Ao conduzir nos primeiros metros adentrando na cidade pela principal avenida, Rambla Gral Artigas, já se percebe inúmeros edifícios, e o que chama a atenção, é que no alto de um deles há um grande restaurante no terraço que é giratório, e eu ainda não tinha visto nem ouvido falar disso em outro lugar. O interessante dessas viagens é que elas abrem nossas mentes com coisas novas. Nesse instante, aconteceu algo muito curioso, uma forte chuva de apenas 2 minutos agredira o para-brisa do nosso veículo e ameaçara estragar o passeio, mas foi só isso. A presença de diversas megas-mansões, caríssimos carros importados, e hotéis de luxo mostram o que é o nível da cidade e da grande maioria de seus habitantes. Conhecemos o porto (imagem abaixo lado direito), o belo e grande Farol (imagem abaixo, ao lado esquerdo) e a Mão de Punta (ver imagem acima), que acreditei ser a principal atração desse balneário. Na verdade, esse ponto turístico não passa de uma escultura muito 'meia boca' de dedos cravados na areia da praia, e me senti envergonhado de ser fotografado junto delas. Porém, há algo muito mais legal e interessante para se ver a 5 quilômetros dali, porém em LA BARRA, onde fica o magnífico, surpreendente, espetacular (tudo isso e muito mais. Não há palavras para descrever) e enorme MUSEU DO MAR que sempre abre suas portas ao público a partir das 11 horas da manhã. Antes disso, ficamos parados numa espécie de mirante, curtindo o mar e os costões do Balneário de Punta. Já tinha ido num museu dessa natureza em terras brasileiras, na pequena cidade histórica de São Francisco do Sul/SC, mas esse em La Barra aplica uma goleada sem dó nem piedade. Cara, é muito grande com um acervo que vai de objetos de pescadores, objetos marinhos, aves empalhadas, e diversas esqueletos de animais do mar. Localizado numa área florestada, é preciso trafegar por uma boa estrada de chão por uns 3 quilômetros. Chegando lá, já na entrada, há uma estátua de tubarão com a boca aberta te recepcionando e querendo te engolir. A primeira impressão que temos é que o museu é pequeno por estar entre a vegetação. Em suas dependências, só de baleias deveriam ter umas quatro gigantescas ossadas, e uma delas pode ser vista na ultima imagem dessa postagem. Há também um ambiente escuro que dá a impressão que o visitante está no fundo mar, e a sala dos temidos piratas também é bastante interessante. Pequenas amostras de cavalos marinhos e ostras de diversos países mostram as diferenças de cores e tonalidades entre elas. Produtos, acessórios, ferramentas utilizados pelos navegadores marcam uma considerável presença. Assim, ficar um dia inteiro dentro desse museu é muito pouco para conhecê-lo e descrevê-lo de verdade. É preciso ver com os próprios olhos, pois há muita informação histórica de grande importância contida em suas dependências, que foram muito bem organizadas diante de uma boa iluminação. Sem dúvida, esse foi o melhor museu que visitei no Uruguai, e um dos melhores que já visitei por onde já passei. Ao ir embora, passei na bilheteria, e fui obrigado a parabenizar o proprietário, que afirmou já ter visitado a cidade de Itapema/SC e o Museu do Mar de São Francisco do Sul/SC. Nos próximos dias, nesse blog, contaremos tudo sobre nossos ultimos passos dentro de terras uruguaias. NÃO DEIXEM DE CONFERIR. Abaixo, saiba um pouco mais sobre a cidade de Punta del Este. As informações abaixo foram detalhadamente copiadas de um site referenciado no final dessa matéria.
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“Punta del Este está localizada no departamento de Maldonado. Está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo e é um dos mais charmosos da América Latina, oferecendo tanto praias oceânicas (oceano Atlântico) quanto de rio (Rio da Prata). A cidade foi fundada em 1829 por Don Francisco Aguilar, e seu primeiro nome foi Villa Ituzaingó. Em 1907, passou a se chamar Punta del Este. Nas temporadas de verão o balneário ultrapassa os 200 mil habitantes. A cidade de Punta del Este é reconhecida, entre outras coisas, como um dos mais importantes e exclusivos balneários da América do Sul, assim como o ponto de encontro do jet set Argentino. Balneária por excelência, natural e sofisticada, na atualidade conta com uma Rambla, suntuosas casas típicas de balneários, modernos edifícios de grande altura, um porto com grande infra-estrutura e capacidade de desembarque, locais comerciais de importantes marcas, restaurantes, pubs. Distante aproximadamente 200 quilômetros da fronteira com o Brasil e 130 quilômetros da capital Montevidéu, o balneário é conhecido por ser freqüentado por artistas, milionários e membros da alta sociedade de vários países, atraindo mais de 400.000 turistas na alta temporada de verão. O fator proximidade, aliado às facilidades cambiais e econômicas, faz com que Punta del Este seja um dos paraísos naturais e turísticos mais apreciados pelos brasileiros. Na cidade, há numerosos restaurantes com diversas especialidades, desde a refinada culinária francesa até comidas ao passo, como a típica culinária uruguaia; também estão presentes a culinária japonesa e árabe”.
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REFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Punta_del_Este . Acesso em: 14 fev. 2012
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DESCOBRINDO O URUGUAI: PARTE 5
Maldonado, cidade dormitório de Punta Del Este
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FOTOS: KHEILA AMORIM e RAMADAN ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Nos despedimos da capital federal do Uruguai, e fomos em busca de belas praias e de lugares menos habitados por quilômetro quadrado. O que nossa equipe pretendia era, trocar o ambiente de história e cidade que vivemos nos últimos dias em Jaguarão/RS, Colônia de Sacramento e Montevidéu, para vivenciar o ambiente de lazer. Já estávamos quase finalizando nossa longa missão, pois a próxima etapa seria quase a última. A intenção era chegar até a chamada Terra dos Cassinos, o balneário de PUNTA DEL ESTE, localizada no Departamento de Maldonado. Eu estava sentando e andando para essas bostas de cassinos, pois não estou nesse nível. Enquanto uma cambada de fdp gastam fortunas com jogos, poderiam estar ajudando muita gente que precisa. Mas não quero entrar nessa discussão. Eu queria mesmo conhecer os principais pontos do Uruguai e um dia poder dizer "eu já estive aí, e sei do que estão falando". Para quem não sabe, e eu não sabia, ‘Departamento’ para os uruguaios significa ‘Estado’ para os brasileiros. Apesar de estarmos viajando para outra cidade, também diminuiríamos a longa distância para nossas casas, pois em Colônia do Sacramento estávamos distantes a 1476 quilômetros e em Punta del Este ficaríamos a apenas 1150 quilômetros, e a somente 180 quilômetros, com CHUÍ, divisa entre os 2 países, e a onde começa o Brasil. Então partimos, alegres, em direção a Punta del Leste, e no meio do caminho já imaginava com receio como seriam os valores das hospedagens. Se na capital federal tivemos que dolorosamente desembolsar mais do que prevíamos, nesse litoral, certamente gastaríamos mais ainda, por ser uma área elitizada que explora demais os forasteiros. Foi então que tive a idéia de pararmos na cidade de MALDONADO, que é a capital desse estado que possui o mesmo nome. Maldonado fica a 6 quilômetros da terra dos cassinos, e possui belas praias com bastante faixa de areia, porém com um mar, que naquele dia 10 de fevereiro, muito agressivo. Me lembrou a praia do Campeche, de Florianópolis/SC, num dia de fúria. Chegamos por volta das 15:30 horas, e já entramos na principal via de acesso da cidade e de cara já avistamos 2 hotéis, e isso é o que mais tem lá. O que previmos, aconteceu. Os preços das hospedagens eram muitos superiores ao que pagamos em outras cidades uruguaias. O primeiro hotel que entrei cobrava um preço fora das nossas expectativas e sem muitos serviços a oferecer, e o segundo, um pouco mais em conta, porém disponibilizando diversos serviços, com direito a hidromassagem, internet, frigobar, ar-condicionado, internet wireless, garagem, café da manhã e até uma piscina de 150 m2. Demos uma ligeira volta pelo centro da cidade, para localizarmos outros hotéis com preços mais acessíveis, o que foi em vão. Eram todos na mesma faixa de preço. A intenção era apenas pernoitar em Maldonado, e no dia seguinte, bem cedo seguirmos para as bandas de Punta del Este. Lógico, que com uma piscina a disposição, iríamos aproveitar a grana que estavámos gastando, e não foi diferente. Fiquei das 17 até as 20 horas nesse lazer, e nunca curti tanto uma piscina com uma água tão gostosa como nessa oportunidade. (conforme imagem acima, ao lado direito). Mesmo assim, não deixamos de conhecer alguns dos bairros, que também são nobres, próximos ao balneário que recebe a visitação de muitos banhistas. Para quem for se banhar nas areias grossas das praias desse litoral, principalmente na Praia das Delíciais (ver primeira imagem dessa matéria), segue uma alerta: 'CUIDADO COM AS ÁGUAS-VIVAS. Elas são muitas. E são gigantescas'. (Ver imagem abaixo). O curioso desses bairros é que são, pelo que notei, bastante tranquilos e a maioria das residências possui uma placa com um nome. Cada casa possui um titulo. E isso vai me inspirar a fazer o mesmo na minha residência. Abaixo, saiba um pouco mais sobre a cidade de Maldonado. As informações a seguir foram detalhadamente copiadas de 2 sites referenciados no final dessa matéria. Nos próximos dias, não perca a continuação dessa trajetória de Biblioram em terras uruguais. Não deixe de acessar o Blog.
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"Maldonado ou San Fernando de Maldonado é uma cidade do Uruguai, capital do departamento de Maldonado. Pela proximidade com a meca do lazer sul-americano, tem intensa atividade hoteleira e comercial. É contígua a Punta del Este. Destaca-se uma ponte ondulada sobre o Rio Maldonado. Segundo o último censo uruguaio (2004), a cidade possui 54 mil habitantes. A cidade foi umas das cidades-sedes dos jogos da Copa América de 1995, realizada no Uruguai. As partidas ocorreram no Estádio Municipal Domingo Burgueño Miguel. Maldonado é o terceiro estado mais povoado do Uruguai, localiza-se no noroeste do estado de Canelones, um dos mais importantes do país. A população deste estado é de cerca de 150 000 habitantes e faz fronteira com Canelones, Lavalleja e Rocha, assim como com o Rio de Plata e com o Oceano Atlântico.O nome deste estado ou região deve-se ao navegador Francico Maldonado que no século XVI navegou por estas terras. Em Maldonado podemos visitar o farol de Punta del Este, o porto de Nossa senhora de la Candelaria ou a Casa Pueblo. Maldonado é uma região de contrastes, entre o mar e o interior, conta com mais de 100 kms de litoral dentro dos quais está a foz do rio de la Plata que desagua no oceano Atlântico. É uma região de contrastes e relevos de onde se destaca o seu clima, cálido, húmido e chuvoso. Acerca da economia desta região, devemos destacar a sua ampla rede de hotéis e apartamento que possibilitam que o turismo seja nesta zona uma das actividades que mais se destacam e mais importantes. As suas praias e as suas paisagens e a ilha de Lobos são apenas uma parte da oferta turística desta região, a que mais se destaca do ponto de vista turístico no Uruguai".
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REFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maldonado_(Uruguai). Acesso em: 13 fev. 2012.
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COSTASUR.COM. Disponível em http://uruguay.costasur.com/pt/maldonado.html. Acesso em 13 fev. 2012.
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DESCOBRINDO O URUGUAI: Parte 4

Montevidéu, a capital do Uruguai
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administr
ação
Logo após visitarmos a Plaza de Toros, saímos da Colônia do Sacramento por volta das 13 horas com destino a capital do Uruguai, MONTEVIDÉU. Viagem muito tranquila pelas excelentes rotas rodoviárias do país. Bateu uma vontade muito grande de conhecer a cidade de LIBERTAD, mas preferimos seguir até a capital. Juro de pés juntos que, pensei que essa seria a parte mais fácil dessa aventura, mas foi onde tivemos as maiores dificuldades para se estabelecer. Foi difícil encontrar estadia dentro das nossas necessidades e expectativas financeiras. Tivemos que desembolsar mais do que planejávamos, pois, como falado na matéria anterior, Montevideu é bastante diferente de Colônia do Sacramento onde podíamos deixar nossos veículos nas ruas durante a noite. Apesar do que muitos dizem que essa metrópole é uma cidade segura, não é o que os habitantes uruguaios afirmam. Há perigo nas ruas. Levamos horas tentando encontrar um hotel dentro das nossas pretensões, tanto que chegamos na cidade as 15 horas e só estávamos definitivamente hospedados as 19 horas. São poucos os hotéis que disponibilizam o serviço de garagem e, por isso, tivemos que pagar um pouco mais caro nas diárias. O trânsito é normal para uma cidade grande que é capital de um país, tanto que percebi que Florianópolis é uma bosta em termos de transportes coletivos e circulação de veículos. Transitei normalmente na capital uruguaia. É muito fácil andar e conduzir um veículo nessa cidade. No dia seguinte, acordamos cedo e fomos conhecer melhor Montevidéu. Caminhamos por muitas ruas, observamos os hábitos dos habitantes, até chegarmos na desativada estação ferroviária, próximo a Zona Portuária (ver imagem ao lado direito). Dali passamos em frente ao Banco de la República do Uruguai, em direção a praça da Independência (imagem abaixo) onde está localizado o Prédio da República, o famoso Teatro Solis e o Museu do Governo. Ali perto, visitamos o Instituto de Cultura uruguaio-brasileiro, onde está estabelecida a primeira Biblioteca brasileira fora do Brasil. Porém, abordaremos essa unidade de informação, exclusivamente, em outra matéria. O legal dessa cidade que os principais pontos turísticos e prédios com arquiteturas antigas estão localizados próximo a avenida 18 de Julho, que é uma das principais e mais movimentadas de Montevideu. Nessa avenida estão situadas a Universidade de Direito, a Biblioteca Nacional, e nas ruas paralelas a ela, estão localizados muitos outros museus. Também, reservei um tempinho para ir na precária faculdade de Biblioteconomia e depois comprar mais pesos nos bancos de câmbios, pois era preciso abastecer o carro e pagar o hotel. Na manhã seguinte, deixamos o hotel após quitarmos a ultima diária. Mesmo assim, deixamos Montevideu somente no inicio da tarde, pois antes circulamos a cidade pela Avenida Rambla Gran Bretana que nos conduz pelo mar (veja primeira imagem dessa matéria). Nesse dia, ventava muito e o mar estava muito agressivo a ponto de soltar enormes respingos na avenida. Ainda queríamos conhecer a Sede uruguaia da Soka Gakkai Internacional (SGI), o maravilhoso Parque Rodo que possui passeios de pedalinhos e local ideal para passear e brincar com animais de estimação. Não poderíamos deixar de conhecer o histórico Estádio Centenário, palco da primeira final de Copa do Mundo vencida pelo próprio país sulamericano e onde está localizado o interessante Museu do Futebol, que tem como acervo principal as taças das duas Copas do mundo de 1930 e 1950, ambas conquistadas pelos uruguaios. A última citada, como é de conhecimento dos amantes desse esporte, derrotando o próprio Brasil, por um placar de 2x1, numa virada espetacular, onde nossa seleção brasileira precisava apenas de um empate dentro do Estádio do Maracanã, que na época comportou mais de 200 mil torcedores. Essa, sem dúvida, é a maior tragédia não só do futebol, mas do esporte brasileiro. Depois, almoçamos num bom restaurante, onde comemos um bife de contra-filé, com arroz e purê de batata. Meia hora de pois, nos despedimos definitivamente da capital, e conduzimos nosso carro pela Avenida Itália em direção a Punta del Leste, situada no Estado de Maldonado. Abaixo, saiba um pouco mais sobre a cidade de Montevideu. As informações a seguir foram detalhadamente copiadas de um site referenciado no final dessa matéria.
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“Montevidéu é a capital e maior cidade do Uruguai. É também a sede administrativa do Mercosul, da ALADI e capital do departamento homônimo, o de menor extensão entre os dezenove existentes no país. Localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata e é a cidade latino-americana com a maior qualidade de vida e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo. A cidade se encontra em uma zona geográfica que se caracteriza como a rota principal de exportação de cargas do Mercosul. Por sua vez, conta com uma baía ideal que forma um porto natural, sendo o mesmo o mais importante do país, pela qual saem e entram as mercadorias que se importam e se exportam. Montevidéu nasceu de um pequeno povoado de índios tapes e imigrantes das Canárias, radicados em torno de um forte construído, em 1724, por ordem de Bruno Mauricio de Zabala, governador espanhol de Buenos Aires, para manter as tropas portuguesas de Manuel de Freitas da Fonseca fora do Rio da Prata. Em 1726, adquire estatuto de cidade. No século XVIII, o crescimento de Montevidéu foi estimulado pela liberdade de comércio direto com as cidades espanholas, declarada por Carlos III em 1778. Além disso ela era o centro de exportação dos produtos da pecuária do interior da província e realizava trocas comerciais com Buenos Aires. Foi a partir dela, inclusive que partiram os navios espanhóis para libertar Buenos Aires, tomada pelos britânicos em 1806 e graças a isso foi também ocupada durante sete meses. Conquistada por Portugal em 1817, tornou-se capital da Província Cisplatina do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve em 1821. Pertenceu ao Brasil durante o reinado de D. Pedro I, chegando a receber o título de Imperial Cidade através do alvará de 15 de abril de 1825, mas logo conquistou a sua independência na chamada Guerra da Cisplatina, em que recebeu o apoio da Argentina. Com a independência (1828) passou a ser capital do Uruguai. Após a independência, a cidade foi palco de disputas políticas internas entre 1843 e 1851 na chamada Guerra Grande, contudo a partir da metade do século XIX, vê grande urbanização, crescimento populacional e industrial”.
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REFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Montevid%C3%A9u. Acesso em: 8 fev. 2012.
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DESCOBRINDO O URUGUAI: PARTE 3
Colônia do Sacramento
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC

Formado em Administração
Após 640 quilômetros percorridos no quente dia 6 de fevereiro, chegamos na charmosa, sossegada e histórica cidade de COLÔNIA DO SACRAMENTO, no Uruguai. Era 19 horas, mas ainda dia, em virtude do horário de verão. Logo fomos procurar estadia e rapidamente, pois a cidade é pequena, conseguimos uma com preço dentro das nossas expectativas financeiras, e melhor, no coração do centro histórico. uma pequena parcela da rede hoteleira da Colônia não oferece o serviço de garagem, e por isso os carros dos hóspedes ficam estacionados na rua. Mas isso não é um problema, pois a cidade é bastante tranqüila, não há preocupações com roubos e o índice de criminalidade é baixíssimo, segundo seus habitantes e comerciantes locais. Porém, na capital federal, Montevideu, esse índice é muito elevado. Colônia do Sacramento está localizada a 180 quilômetros da capital e recebe muitos turistas, entre sua grande maioria argentinos que atravessam o Rio de La Plata. E o mais legal é que a cidade é tão segura que muitos acampam com suas famílias a poucos metros das águas desse rio. Legal isso! Antes de passarmos a primeira noite na cidade, saí a procura de uma padaria, e só encontrei alguns mercadinhos que vendiam pacotes com pães fatiados para sanduiches. No dia seguinte, acordamos muito cedo, e antes mesmo das 8 horas já estávamos curtindo a cidade, porém os museus do centro histórico só abrem a partir das 11:15 horas. Tudo bem, havia outras coisas para ver na cidade como o Farol (ver primeira imagem dessa postagem), a estação ferroviária desativada (ao lado direito) a Basílica do Santíssimo Sacramento, a Praça 25 de agosto, e muitos outros prédios de valorosa importância histórica. Fiz amizade com um belo e abobado pastor alemão (imagem abaixo, ao lado esquerdo). Ao todo conhecemos mais de 5 museus com um ingresso integrado de 50 pesos, que corresponde a aproximadamente R$ 5,00 (cinco reais). Tirando o Museu português que é o mais interessante e mais extenso, os restantes são museus pequenos com pouco acervo e antiguidades como o Museu Espanhol, Museu Indígena, e o Museu do Azulejo, com uma sala inferior a 25 m2. Acredito que há outros museus maiores na cidade, mas nessa oportunidade não estavam aberto ao público em virtudes de algumas reformas. Nas ruas são encontradas algumas curiosidades como bicicletas, motos e carros antigos que servem como canteiros de plantas (conforme imagem abaixo no lado direito). Mas o que mais curti de verdade foi a Plaza de Toros, uma arena de touradas desativada a mais de uma década. Ao chegarmos lá, observa-se uma placa de 'proibida entrada' que inibe e frustra todo mundo que vá visitá-la, pois o lugar pode desabar a qualquer momento. Porém, como atravessei quase 1.500 quilômetros o que me gerou uma grande dor nas costas, eu não podia apenas ficar do lado de fora, e entrei nas dependências da arena, subi nas arquibancadas para registrar imagens, como a que aparece por último nessa matéria, prezado leitor. Mas não aconselho ninguém a fazer isso, pois ao pisar nos primeiros degraus que levam as arquibancadas, é sentido uma insegurança enorme pois tudo está enferrujado e destruído. Sério, dá medo mesmo da estrutura toda cair. Nos próximos dias, nesse blog, contaremos tudo sobre nossa trajetória em Montevidéu, capital federal do Uruguai. NÃO DEIXEM DE CONFERIR. Abaixo, saiba um pouco mais sobre a cidade de Colônia do Sacramento. As informações abaixo foram detalhadamente copiadas de 2 sites referenciados no final dessa matéria.
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"Colônia do Sacramento tem origem na antiga cidade de Colônia do Santíssimo Sacramento fundada há 332 anos por Manuel Lobo, a mando do Império Português no século XVII. A área onde localiza-se a fundação portuguesa hoje faz parte do Centro Histórico, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. É a história de um conflito entre Portugal e Espanha. A disputa por essas terras está marcada em cad
a telhado, em cada muro e em cada pedaço da cidade. Atualmente, a influência arquitetônica portuguesa predomina entre as construções e ruínas remanescentes dos primórdios desse recanto às margens do Rio da Prata. O acesso ao rio foi o principal motivo da contenda. Portugal queria um porto para facilitar o comércio na região e estabelecer ponto estratégico para fins bélicos, contra a Espanha. A mando da coroa portuguesa, a frota de Manuel Lobo partiu no fim de 1679 e alcançou a bacia do Prata em em janeiro do ano seguinte. No dia 22 de janeiro de 1680, os portugueses ancoraram e fundaram Colônia do Santíssimo Sacramento, de olho em Buenos Aires na margem oposta do rio. A conquista portuguesa não durou muito tempo. Na madrugada do dia 7 para o dia 8 de agosto do mesmo ano, tropas espanholas e indígenas invadiram, destruíram e tomaram a cidade. Após negociações, a posse de Colonia foi devolvida a Portugal pelo Tratado Provisional de Lisboa. Portugal não poderia, no entanto, construir novas fortalezas e edifícios de pedra, que caracterizariam ocupação permanente. Em 1683, os lusitanos voltaram para Colonia. Houve então um período de grande reconstrução e mobilização de esforços para o povoamento e desenvolvimento da cidade. Até 1705, quando a Espanha voltou a atacar – e vencer. A cidade permaneceu desocupada durante 10 anos. Portugal só retornou a Colonia em 1715, sob novo tratado diplomático, o Tratado de Utrecht, de 6 de fevereiro de 1715. Ele previa que os portugueses não teriam permissão de ampliar os limites da cidade além do alcance de um tiro de canhão disparado dos muros da fortaleza. Mais um período de reconstrução em Colonia: 1715 a 1735. Nessa época, a cidade se transformou em grande exportadora de couros, suprindo toda a demanda de Lisboa. E provocou novamente o desejo da Espanha, que voltou à carga em outubro de 1735. Os espanhóis cercaram a cidade e batalharam durante dois anos, até que um armistício foi assinado. O sítio à Colonia foi tão intenso, que boa parte da cidade ficou destruída. Por isso, os portugueses optaram pela demolição e reconstrução completa da cidade. O trabalho mal havia terminado, em 1777, quando os espanhóis, liderados por Pedro Ceballos, invadiram novamente. Todas as fortificações e grande parte das construções foram destruídas. Colonia del Sacramento voltou ao domínio de Portugal em 1817, com a incorporação da Cisplatina, ordenada por D. João VI. Após a independência do Brasil, em 1822, o Uruguai (e consequentemente Colonia) passou a fazer parte do novo país. Seis anos depois, a República Oriental do Uruguai também ganhou sua independência (e aí cessou a troca de governo e comando de Colonia)".
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REFERÊNCIAS
COLONIA DO SACRAMENTO: Disponível em: http://coloniasacramento.org/2011/07/historia-de-colonia-del-sacramento/. Acesso em: 12 fev. 2012.
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WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_do_Sacramento. Acesso em: 12 fev. 2012.
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DE
SCOBRINDO O URUGUAI: PARTE 2
Em terras estrangeiras e o relaxamento nas fronteiras
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IMAGENS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA

Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Antes de encarar a fronteira, era necessário estarmos bem fisicamente e descansados, pois seria quase mais um longo dia de viagem por rodovias uruguaias. Dormimos em Jaguarão/RS, acordamos cedinho e caminhamos rapidamente por essa histórica cidade e fomos na agência bancária sacar mais dinheiro brasileiro, pois precisávamos comprar os pesos uruguaios após atravessar a ponte. Em seguida, enchemos o tanque do carro, pois a gasolina em solo brasileiro, apesar da péssima qualidade, é bem mais barata que a uruguaia. Atravessamos a bela ponte que divide ambos países, e já na pacata cidade de Rio Branco no Uruguai, estacionamos o carro ainda com poucos metros percorridos em terra estrangeira. Entrei num banco de câmbio para comprar a moeda uruguaia. O atendente era brasileiro. 4 quilômetros adiante paramos na alfândega para apresentarmos a carta verde do veículo e regularizarmos nossa entrada no país hermano. Assim, fizemos isso pois queríamos agir de forma correta, pois tanto no lado brasileiro quanto uruguaio, não encontramos barreira alguma impedindo nossa entrada. Notamos dezenas de veículos entrando e saindo naquele local sem serem abordados, revistados ou, pelo menos, orientados a se apresentar na alfândega. Nossa equipe acabara de presenciar os prováveis motivos de tantos criminosos e veículos furtados não encontrados até hoje. Sem falar nas drogas, armas e produtos ilegais que em muitas oportunidades são apreendidas já em território brasileiro. Depois dos extorsivos pedágios cobrados nas rodovias de ambos países sulamericanos, esse seria o segundo motivo, que posso afirmar sem hesitação, que tanto Brasil como Uruguai, são 2 países dos mais vagabundos que existem. A falta da ação dos órgãos que trabalham nas fronteiras, e principalmente, policiais federais contribuem com esse problema. Depois de termos nossos comprovantes de entradas carimbados pela alfândega, uma discografia completa da banda brasileira Legião Urbana imperava no som do carro e, assim prosseguiu no próximos 640 quilômetros que nos distanciava da cidade histórica de COLÔNIA DO SACRAMENTO. No decorrer desse trajeto, nota-se que o Uruguai possui estradas em excelentes condições e bem sinalizadas, infinitamente melhores que as rodovias brasileiras que apresentam ondulações, buracos e sinalização precária. Dá gosto de dirigir. Além disso, é percebido que a economia hermana é muito forte movida pela agricultura e pecuária. Ao contrário do Brasil, onde é observado florestas nas encostas das rodovias, nas estradas uruguaias o que se vê são campos e mais campos, com plantações e criações de bovinos, e as metrópoles são poucas, como Montevideu. Vamos dizer, que por onde passamos, é um país sem o verde das árvores. O legal das rodovias daquele país é que elas cortam a maioria dos municípios, o que nos obriga a conhecer muitas cidades pequenas. Enquanto no Brasil, muitas estradas passam por fora das cidades, e acabamos por não conhecê-las. Paramos em cidades pequenas como TREINTA Y TRÊS, Piraraja, Minas e San José. Por onde passávamos percebíamos nos olhares dos nativos que éramos as atrações. Vimos alguns animais cruzando a rodovia, entre eles sapos, lagartos e até um jabuti. Também atropelei um rato após tentar desviar desse pobre animal. Em Treinta y Três paramos na Polícia Rodoviária para pedir informação, e em PIRARAJA, paramos numa pequena e humilde comunidade pela mesma necessidade, pois achei que estávamos perdidos. Na verdade, deixamos de seguir por uma rota menos curta que nos economizaria uns 30 quilômetros de distância, aproximadamente uns 50 minutos na estrada. Encontramos uma pequena biblioteca (conforme imagem ao lado esquerdo) com bibliotecárias simpatissíssimas, porém que não entendiam nada perguntado por mim, o que foi hilário. Todavia, foi nessa unidade de informação que conheci uma frequentadora argentina que entendia e se expressava muito bem em português, e nos proporcionou uma boa orientação de como poderíamos prosseguir nessa aventura. Segue um conselho que vem me ajudando muito: "se precisares de algo, não hesite, procure uma BIBLIOTECA. De alguma forma ela te ajudará". Quilômetros depois, abasteci o carro com apenas 10 litros de gasolina estrangeira, para não correr o risco do motor não se adaptar. O que acontece, e eu desconhecia, é ao abastecermos o veículo com a gasolina uruguaia, o painel do veículo demora a reconhecer o combustível somente após 10 a 15 quilômetros percorridos. Quando dei partida no carro, e percebi que o ponteiro não se mexera, quase voltei para reclamar com o frentista do posto, mas como estava em país estrangeiro achei melhor seguir viagem e não arranjar nenhuma confusão, e ainda bem que não fiz essa presepada. Não quero nem imaginar qual seria a reação deles sendo acusados por um estrangeiro. Já era quase 13 horas, quando passamos por dentro de MINAS, outra pequena cidade. Encontramos um grande parque com muitas árvores (ver imagem abaixo ao lado direito) com diversões aquáticas e um desativado zoológico de aves e caprinos. Ali perto, um restaurante nada limpo, e com algumas moscas nas mesas. Nos serviram um almoço com um bife a milanesa, ou melhor, uma milanesa com bife acompanhado de batatas fritas excessivamente engorduradas. Prezado leitor, me corrigi em relação ao bife, pois a espessura da cobertura de 'milanesa' era 10 vezes mais grossa que a carne, que parecia uma finíssima fatia de presunto. Acho que dá para terem uma noção do que estou dizendo. Em resumo, essa refeição nada saudável foi uma bomba de colesterol lançada no estômago num dia que tenha sido o mais quente, eu acredito, de toda essa trajetória. Mais adiante, já passando um pouco das 17 horas, por ironia do destino, por ser natural de São José/SC, já estávamos em SAN JOSÉ. O calor ainda era intenso, minhas costas doíam muito, e paramos numa grande e bonita praça que naquele horário proporcionou várias sombras. Também, haviam balanços para as crianças brincarem. Saí do carro com dificuldades, com o corpo torto, mas que aos poucos voltara ao normal. Era só a falta de esticar o corpo que durante a viagem fica muito tempo flexionado. Ali, descansei deitado por uns 15 minutos num de seus poucos bancos de concreto que não estavam sujos com fezes de pombos. Nas proximidades, estavam deitados também dois indivíduos bêbados tomando uma cerveja atrás da outra. Pensei comigo: "o que esses caras pensam do futuro?" Logo em frente, um hospital, onde bebi água gelada e tive acesso a um banheiro sem papel higiênico, além do ar condicionado que pude desfrutar por alguns minutos. Antes de entrarmos na estrada novamente, nossa equipe comeu uns sanduíches com suco de laranja, e após limpamos a caixa térmica e demos uma organizada no interior do carro. Essa foi a ultima parada até a Colônia do Sacramento, que será o tema da próxima matéria. depois foi só seguir em direção ao estado Canelones. NÃO DEIXE DE ACOMPANHAR o Biblioram, pois nos próximos dias será postada a continuação dessa aventura.
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