14 de janeiro de 2012

FORTALEZAS DO SECULO 18


.EM BUSCA DAS FORTALEZAS DO SÉCULO 18 - PARTE 3Fortaleza de Santo Antônio: Ilha de Ratones Grande
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IMAGENS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Conforme falei na postagem anterior, fazia tempo que eu queria conhecer essa parte da história do Brasil, e nesse recesso de final de ano foi a oportunidade excelente para isso. A única forma de chegar até as duas fortalezas do século 18 localizadas nas ilhas de Anhatomirim e Ratones Grande, sem ser voando ou pulando de paraquedas, é pelo mar. Abri a mão, desembolsei R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e me enfiei numa escuna que transportou dezenas de turistas de outros estados brasileiros e até estrangeiros. E lá fui nessa aventura numa grande escuna, deixando para trás um rastro nas águas salgadas da Beira Mar Norte e uma bela vista das pontes que dividem a ilha e o continente de floripa. Vi os orgulhosos e maravilhosos golfinhos, de longe, a verdade seja dita. Antes de irmos em direção às fortalezas, almoçamos na Praia da Caeira da Armação, localizada numa comunidade de pescadores do município de Governador Celso Ramos/SC, famoso pela idiota tradição da Farra do boi. Após a refeição, a escuna navegou por mais uns 15 minutos. Desembarcamos na esperada Fortaleza, a ILHA DE ANHATOMIRIM, que segundo o guia da embarcação os indígenas a intitularam de "Pequena Ilha do Diabo". A próxima fortaleza do roteiro é a de Santo Antônio, localizada na ilha de Ratones Grande. Como adquiri o ingresso duplo na "Pequena Ilha do Diabo", não precisei pagar a entrada em Ratones. Com uma bela vista para Daniela, a melhor Praia de Florianópolis, esse forte é o menor de todos. Porém, ao contrário da Fortaleza de Anhatomirim, possui seu próprio abastecimento de água por meio de um poço (ou olho d'água, como queiram chamar), e ainda energia solar. Na casa do Comandante pode ser percebido como foi o difícil trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em restaurar os casarões e outras estruturas do forte. Num dos cômodos há, expostas nas paredes, quadros com imagens de décadas atrás do estado lamentável e de completo abandono que se encontrava a fortaleza. Um agradecimento MERECIDO a UFSC pelo árduo serviço desenvolvido nas dependências desse ponto turístico importante da história do Brasil. Ao se despedirmos de Ratones Grande, foram notados uma variedade enorme de aves nos arredores da ilha, e logo em frente, na ilha de Ratones pequeno, um grupo de pessoas acampando. Saiba um pouco mais desse ponto turístico nas informações apresentadas a seguir, que estão disponibilizadas no site da Santa Catarina Turismo S/A (SANTUR), referenciado no final dessa matéria.
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"Esta foi a terceira fortaleza construída, entre 1740 e 1744, pelo Brigadeiro José da Silva Paes para fechar o sistema triangular de defesa da estrada da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina, em conjunto com as fortalezas de Santa Cruz e São José. Localiza-se na Ilha de Ratones Grande, que foi batizada com este nome pelo explorador Cabeza de Vaca em 1541, por assemelhar-se à forma de um rato. A fortaleza não teve seu arsenal bélico utilizado, nem mesmo durante a Invasão Espanhola, em 1777. Em meados do século XIX, já desativada, a fortaleza foi convertida em Lazareto (lugar de reclusão de portadores de doenças epidêmicas) e depois foi abandonada, sendo as ruínas cobertas pela vegetação. Tombada como Monumento Histórico e Artístico Nacional em 1979, foi restaurada em 1990. Revela o conjunto constituído por uma portada clássica, fonte, Casa da Guarda, Casa dos Oficiais, Casa da Farinha, Quartel da Tropa, Casa do Comandante e Paiol da Pólvora (em ruínas), guarnecidos por uma muralha semicircular e guaritas. Os 194.180 m² de área representam um paraíso ecológico, sendo que cinco trilhas permitem observar a vida neste fascinante ecossistema.".
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REFERÊNCIAS.

Santur. Disponível em: http://www.santur.sc.gov.br/index.php?option=com_zoom&Itemid=27&page=view&catid=67&key=1. Acesso em: 28 dez. 2011.
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.EM BUSCA DAS FORTALEZAS DO SÉCULO 18 - PARTE 2Ilha de Anhatomorim: pequena ilha do diabo
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IMAGENS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las.
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia da UFSC
Formado em Administração
Conforme falei na postagem anterior, fazia tempo que eu queria conhecer essa parte da história do Brasil, e nesse recesso de final de ano foi a oportunidade excelente para isso. A única forma de chegar até as duas fortalezas do século 18 localizadas nas ilhas de Anhatomirim e Ratones Grande, sem ser voando ou pulando de paraquedas, é pelo mar. Abri a mão, desembolsei R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e me enfiei numa escuna que transportou dezenas de turistas de outros estados brasileiros e até estrangeiros. E lá fui nessa aventura numa grande escuna, deixando para trás um rastro nas águas salgadas da Beira Mar Norte e uma bela vista das pontes que dividem a ilha e o continente de floripa. Vi os orgulhosos e maravilhosos golfinhos, de longe, a verdade seja dita. Antes de irmos em direção às fortalezas, almoçamos na Praia da Caeira da Armação, localizada numa comunidade de pescadores do município de Governador Celso Ramos/SC, famoso pela idiota tradição da Farra do boi. Após a refeição, a escuna navegou por aproximadamente 15 minutos. Durante esse tempo ficamos apreciando as residências, com suas lanchas nas garagens, localizadas na beira do mar, o que é questionável. Como pode existir residências tão próximas da via marítima? Desembarcamos no trapiche da primeira e esperada Fortaleza, a ILHA DE ANHATOMIRIM, que, segundo o guia que nos acompanhou, os indígenas a intitularam de "Pequena Ilha do Diabo". Muito sarcástico isso. O temeroso apelido foi atribuido, pois naquela época os índios que habitavam o litoral já previam que muita coisa ruim aconteceria no lugar, que mais tarde seria um cenário de muitas mortes e se tornaria a primeira sede do governo da Capitania de Santa Catarina. É preciso pagar um ingresso de R$ 8,00 para visitar a ilha. Estudantes pagam apenas meia entrada. Há a possibilidade de compra do ingresso duplo, que custa R$ 10,00, que inclui também a visitação na fortaleza de Ratones Grande, a próxima a ser visitada. Esses valores compensam, para manter a preservação do ponto turístico. As construções presentes foram totalmente restauradas pelo ótimo trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É possível conhecer a Casa do Comandante, a Casa telegráfica, o tenebroso túnel da morte, os canhões, e a árvore dos enforcados que possui muitas estórias que envolvem uma personagem muito conhecida dos florianópolitanos, Rita Maria. Esta era uma senhora negra da época, que falava com espíritos e que dialogou muito com os pescadores, motivando-os a visitar a tal árvore. Uma bela vista do mar se faz presente, e um enorme esqueleto de baleia está entre as exposições no interior do casarão, que antes era uma prisão e local de fuzilamento de prisioneiros. Em relação as baleias, de acordo com os historiadores, a argamassa utilizada pelos construtores da época era misturada ao óleo desses mamíferos que encalhavam e, posteriormente, eram assassinados de forma cruel no litoral catarinense. Encontramos alguns animais nativos da região, como uma Capivara (ao lado direito) expulsa de seu bando e várias espécies de aves. A pequena distância entre ilha e continente permite que a energia elétrica e abastecimento de água cheguem até o local. Saiba um pouco mais desse ponto turístico nas informações apresentadas a seguir, que estão disponibilizadas no site da Santa Catarina Turismo S/A (SANTUR), referenciado no final dessa matéria.
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"Situada na Ilha de Anhatomirim, esta fortaleza construída no século XVII era parte de um complexo defensivo triangular, projetado que incluía ainda as fortalezas de São José da Ponta Grossa, e Ratones. Nela trabalharam centenas de escravos e soldados para construir os seus 2.678 m². Alguns episódios se destacam na história das fortalezas, particularmente a tomada de Nossa Senhora do Desterro a partir da dominação dos fortes espanhóis, em 1777, e o episódio dramático ocorrido durante a Revolução Federalista, em 1894, quando os revolucionários colocaram-se contra a política de Floriano Peixoto, então vice-presidente do exército. Em outubro de 1893, a Assembléia solidarizou-se como os revoltosos, declarando Santa Catarina Estado separado da União, enquanto Floriano Peixoto permanecesse na Presidência da República. A reação federal veio em abril de 1894, com a chegada a Desterro do Coronel Antônio Moreira César, delegado do Governo Federal. Ele ordenou várias prisões e o fuzilamento de dezenas de pessoas na Ilha de Anhatomirim. Os edifícios desta fortaleza estão distribuídos na pequena Ilha de aproximadamente 45 mil metros quadrados. No seu conjunto destacam-se o majestoso Pórtico de Acesso, de inspiração oriental, a escadaria em lioz português, o imponente Quartel da Tropa e as Casa do Comandante. Outros edifícios foram incorporados, como estação rádio-telegráfica, indicando que a antiga fortaleza teve papel de destaque em outros momentos da história. Além do expressivo acervo arquitetônico da Ilha, sua paisagem natural peculiar insere-se em área de preservação ambiental. A fortaleza é Patrimônio Histórico Federal desde 1938. Restaurada na década de 80, passou a sediar estações de aqüicultura e de oceanografia, exposições de artesanato típico e de arqueologia. Adotada pela Universidade Federal de Santa Catarina, nos últimos anos tem sido incorporada aos roteiros turísticos, com uma visitação que chega a 123 mil pessoas por ano".
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REFERÊNCIAS.

Santur. Disponível em: http://www.santur.sc.gov.br/index.php?option=com_zoom&Itemid=27&page=view&catid=67&key=1. Acesso em: 28 dez. 2011.
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Em
busca das Fortalezas do século 18 - Parte 1
Golfinhos, Caeira e Costeira da Arm
ação
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POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA
Bacharel em Biblioteconomia pela UFSC
Formado em Administração
Fazia tempo que eu queria conhecer essa parte da história do Brasil, e nesse recesso de final de ano foi a oportunidade adequada para isso. A única forma de chegar até as históricas fortalezas do século 18, localizadas em ilhas do mar do estado de Santa Catarina, sem ser voando ou pulando de paraquedas, é pela via marítima. Nesse caso, como não há pontes, eu tinha 3 escolhas: pilotar um barco ou Jet sky, nadando, ou como tripulante numa embarcação. Como não sei nadar e nem tenho condições de ter um jet sky ou um barco, o jeito foi abrir a mão, desembolsar R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e me enfiar numa escuna que transportou dezenas de turistas de outros estados brasileiros. E lá fui eu nessa grande aventura numa embarcação, onde troquei experiências com outras pessoas. Um rastro foi deixado nas águas salgadas da Beira Mar Norte e uma bela vista das pontes que dividem a ilha e o continente de Florianópolis é o primeiro presente de quem esteve a bordo. Mais de uma hora navegando e a primeira atração do roteiro, antes de chegar nas famosas fortalezas, é tentar encontrar os golfinhos e logo em seguida, na primeira parada, almoçar numa comunidade pesqueira da região da Grande Floripa. Até encontrar esses animais marítimos leva um tempo, e posso afirmar que sou um azarado, pois eles não passaram perto, conforme imagem ao lado direito que nossa competente equipe Biblioram conseguiu ampliar e melhorar bastante. Honestamente, os bichos podem ser fofinhos, porém são muitos orgulhosos e passaram distantes da embarcação, o que frustrou, não só eu, como todos os tripulantes que estavam ansiosos. Depois de ver os bichinhos, desembarcamos para almoçar num grande restaurante a beira do mar, localizado na comunidade de pescadores chamada de Caeira (ou Costeira) da Armação (Ver imagens no final dessa matéria). Outras escunas também ancoraram no local. A pequena praia, que possui muitas pedras, tem um grande trapiche que conduz os tripulantes quase até a porta do único restaurante localizado na beira do mar. Esse estabelecimento é ponto escolhido pelos donos das escunas que conduzem os turistas nos passeios turísticos nas águas catarinenses. Essa comunidade está situada na cidade de Governador Celso Ramos, vizinho aos municípios de Biguaçu e Tijucas. Famoso pela tradição idiota da Farra do boi, a antiga Ganchos, hoje Governandor Celso Ramos, é conhecida nacionalmente pelos maus tratos aos bovinos no período de semana santa, após a comemoração da páscoa. A proibição da realização dessa farra causa uma enorme polêmica nas cidades litorâneas de Santa Catarina. O lugar é bonito, com gente bem simples e, o mais importante, receptiva demais. O almoço é bom com carnes, camarões, peixes, frutos do mar, batatas, polentas, pirão, saladas e outros tipos de arroz. O que estava com um gosto não muito apreciável foi o feijão servido no diversificado buffet. Era muito ruim, sem gosto e poucas vezes comi um algo tão mal cozido. Abaixo, segue mais informações do município de Governador Celso Ramos. As informações foram detalhadamente copiadas do site da Prefeitura Municipal, referenciado no final dessa matéria.
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“Entre 1740 e 1742, bem próximo a Freguesia de São Miguel, na direção norte, foi instalado um próspero núcleo de captura e de industrialização de baleias, denominado Armação Grande, ou Nossa Senhora da Piedade. As instalações com 5,3 mil metros quadrados de área faziam daquela armação a maior e mais importante do litoral Catarinense e segunda mais importante do Brasil-Colônia. Por volta do ano de 1745, colonizadores vindos das Ilhas dos Açores e da Madeira, atraídos pela pesca da baleia, fixaram-se no local. Depois vieram outros portugueses e a comunidade cresceu até sua emancipação em 6 de novembro de 1963. Estava criado o município de Ganchos que foi desmembrado de Biguaçu em 06 de novembro de 1963 e a partir de 12 de maio de 1967 passou a ser denominado Governador Celso Ramos em homenagem a Celso Ramos, ex-governador do Estado de Santa Catarina, município privilegiado com uma natureza generosa e um povo ordeiro e acolhedor. A região integra também a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, santuário de espécies raras da fauna e da flora, o que torna a região um dos melhores locais para mergulho do país e moradia de uma centena de golfinhos que alegram os passeios de barcos. Hoje, o município de Governador Celso Ramos possui mais de 30 praias, baías e penínsulas, reservas ecológicas, privilegiado pela exuberante natureza. Está localizado a 41 km de Florianópolis por via rodoviária. A distância marítima é de cerca de 15 km.”
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REFERÊNCIAS
Governador Celso Ramos. Disponível em: http://www.governadorcelsoramos.sc.gov.br . Acesso em 28 dez. 2011.
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