.EM BUSCA DAS FORTALEZAS DO SÉCULO 18 - PARTE 2Ilha de Anhatomorim: pequena ilha do diabo
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IMAGENS DE KHEILA AMORIM ESPINDOLA. Clique nas imagens para melhor visualizá-las. .POR RAMADAN PEREIRA ESPINDOLA Bacharel em Biblioteconomia da UFSC Formado em Administração
Conforme falei na postagem anterior, fazia tempo que eu queria conhecer essa parte da história do Brasil, e nesse recesso de final de ano foi a oportunidade excelente para isso. A única forma de chegar até as duas fortalezas do século 18 localizadas nas ilhas de Anhatomirim e Ratones Grande, sem ser voando ou pulando de paraquedas, é pelo mar. Abri a mão, desembolsei R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e me enfiei numa escuna que transportou dezenas de turistas de outros estados brasileiros e até estrangeiros. E lá fui nessa aventura numa grande escuna, deixando para trás um rastro nas águas salgadas da Beira Mar Norte e uma bela vista das pontes que dividem a ilha e o continente de floripa. Vi os orgulhosos e maravilhosos golfinhos, de longe, a verdade seja dita. Antes de irmos em direção às fortalezas, almoçamos na Praia da Caeira da Armação, localizada numa comunidade de pescadores do município de Governador Celso Ramos/SC, famoso pela idiota tradição da Farra do boi. Após a refeição, a escuna navegou por aproximadamente 15 minutos. Durante esse tempo ficamos apreciando as residências, com suas lanchas nas garagens, localizadas na beira do mar, o que é questionável. Como pode existir residências tão próximas da via marítima? Desembarcamos no trapiche da primeira e esperada Fortaleza, a ILHA DE ANHATOMIRIM, que, segundo o guia que nos acompanhou, os indígenas a intitularam de "Pequena Ilha do Diabo". Muito sarcástico isso. O temeroso apelido foi atribuido, pois naquela época os índios que habitavam o litoral já previam que muita coisa ruim aconteceria no lugar, que mais tarde seria um cenário de muitas mortes e se tornaria a primeira sede do governo da Capitania de Santa Catarina. É preciso pagar um ingresso de R$ 8,00 para visitar a ilha. Estudantes pagam apenas meia entrada. Há a possibilidade de compra do ingresso duplo, que custa R$ 10,00, que inclui também a visitação na fortaleza de Ratones Grande, a próxima a ser visitada. Esses valores compensam, para manter a preservação do ponto turístico. As construções presentes foram totalmente restauradas pelo ótimo trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É possível conhecer a Casa do Comandante, a Casa telegráfica, o tenebroso túnel da morte, os canhões, e a árvore dos enforcados que possui muitas estórias que envolvem uma personagem muito conhecida dos florianópolitanos, Rita Maria. Esta era uma senhora negra da época, que falava com espíritos e que dialogou muito com os pescadores, motivando-os a visitar a tal árvore. Uma bela vista do mar se faz presente, e um enorme esqueleto de baleia está entre as exposições no interior do casarão, que antes era uma prisão e local de fuzilamento de prisioneiros . Em relação as baleias, de acordo com os historiadores, a argamassa utilizada pelos construtores da época era misturada ao óleo desses mamíferos que encalhavam e, posteriormente, eram assassinados de forma cruel no litoral catarinense. Encontramos alguns animais nativos da região, como uma Capivara (ao lado direito) expulsa de seu bando e várias espécies de aves. A pequena distância entre ilha e continente permite que a energia elétrica e abastecimento de água cheguem até o local. Saiba um pouco mais desse ponto turístico nas informações apresentadas a seguir, que estão disponibilizadas no site da Santa Catarina Turismo S/A (SANTUR), referenciado no final dessa matéria. . "Situada na Ilha de Anhatomirim, esta fortaleza construída no século XVII era parte de um complexo defensivo triangular, projetado que incluía ainda as fortalezas de São José da Ponta Grossa, e Ratones. Nela trabalharam centenas de escravos e soldados para construir os seus 2.678 m². Alguns episódios se destacam na história das fortalezas, particularmente a tomada de Nossa Senhora do Desterro a partir da dominação dos fortes espanhóis, em 1777, e o episódio dramático ocorrido durante a Revolução Federalista, em 1894, quando os revolucionários colocaram-se contra a política de Floriano Peixoto, então vice-presidente do exército. Em outubro de 1893, a Assembléia solidarizou-se como os revoltosos, declarando Santa Catarina Estado separado da União, enquanto Floriano Peixoto permanecesse na Presidência da República. A reação federal veio em abril de 1894, com a chegada a Desterro do Coronel Antônio Moreira César, delegado do Governo Federal. Ele ordenou várias prisões e o fuzilamento de dezenas de pessoas na Ilha de Anhatomirim. Os edifícios desta fortaleza estão distribuídos na pequena Ilha de aproximadamente 45 mil metros quadrados. No seu conjunto destacam-se o majestoso Pórtico de Acesso, de inspiração oriental, a escadaria em lioz português, o imponente Quartel da Tropa e as Casa do Comandante. Outros edifícios foram incorporados, como estação rádio-telegráfica, indicando que a antiga fortaleza teve papel de destaque em outros momentos da história. Além do expressivo acervo arquitetônico da Ilha, sua paisagem natural peculiar insere-se em área de preservação ambiental. A fortaleza é Patrimônio Histórico Federal desde 1938. Restaurada na década de 80, passou a sediar estações de aqüicultura e de oceanografia, exposições de artesanato típico e de arqueologia. Adotada pela Universidade Federal de Santa Catarina, nos últimos anos tem sido incorporada aos roteiros turísticos, com uma visitação que chega a 123 mil pessoas por ano". . REFERÊNCIAS.
Santur. Disponível em: http://www.santur.sc.gov.br/index.php?option=com_zoom&Itemid=27&page=view&catid=67&key=1. Acesso em: 28 dez. 2011.
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